DANIELLA ARRUDA
A prefeitura de Campo Grande apresenta hoje ao Ministério das Cidades projeto habitacional para construção de 1.372 casas, visando atenderàs famílias que serão removidas de áreas destinadas a intervenção urbanística dentro dos projetos de recuperação de fundo de vale dos córregos Bálsamo, Lageado, Imbirussu, continuação do Segredo e Cabaça. “As famílias já estão contadas, identificadas e cadastradas pela Agência de Habitação do município, e esse cadastro será apresentado na reunião, para que possa ser consultado a qualquer momento. Assim que nós identificarmos as famílias que vão ser beneficiadas com a transferência nessas obras que nós vamos executar. Serão transferidas para novas habitações somente aquelas famílias que por ventura estiverem dentro da área de intervenção da prefeitura”, destacou o secretário municipal de Governo, Rodrigo de Paula Aquino.
A prioridade da prefeitura será transferir os moradores para loteamentos já existentes. Entre as alternativas de aproveitamento, está um loteamento já construído nas Cerejeiras. Também há áreas disponíveis nas Moreninhas, que atenderiam neste caso o projeto do Lageado, e do Bálsamo. Se em algum dos projetos não houver loteamentos próprios já existentes próximo da área de intervenção, serão levadas em consideração as áreas públicas disponíveis, para parcelamento e construção de lotes. “Em último caso, nós estudamos a aquisição, que pode se dar através de compra ou venda, ou da desapropriação, o que for mais prático e justo para o município em termos de preço”, explicou.
No caso do Bairro Morada Verde, onde um grupo de famílias ocupa há três anos a área por onde vai passar o prolongamento da avenida do Complexo Segredo, 65 famílias serão incluídas no processo de transferência. “O projeto do Segredo 2 prevê a continuidade da avenida na margem do córrego, prolonga por mais um determinado trecho, preserva e contorna aquela área do Exército ali existente e sai na Avenida Cônsul Assaf Trad. Estas famílias que estão na margem do Segredo, próximo ao Morada Verde, serão beneficiadas com a remoção. Como estamos fazendo intervenção no entorno, o número de famílias pode ser maior, mas especificamente daquele local são 65 famílias”, informou.
Desapropriações
Devido às exigências técnicas para inclusão de projetos no PAC 2, a prefeitura promoveu a desapropriação de 64 áreas, situadas às margens dos córregos Cabaça, Segredo, Lageado, Bálsamo e Rio Anhanduí. Os dados das desapropriações também constam da documentação que será apresentada, hoje, nas reuniões técnicas do Ministério da Cidade.
As desapropriações constam em 14 decretos publicados nas edições do Diário Oficial do Município de sexta-feira passada e ontem. Os valores investidos com indenizações não foram repassados pela prefeitura, mas segundo o secretário, podem variar de acordo com as necessidades do projeto apontadas pelos técnicos do Ministério das Cidades. Após o prefeito retornar de Brasília, todos os proprietários começarão a ser convocados pela prefeitura para tomar ciência da desapropriação e o porquê da medida.