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Obama diz que maconha não é mais perigosa que álcool e tabaco

Obama diz que maconha não é mais perigosa que álcool e tabaco

zerohora

20/01/2014 - 11h45
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O presidente americano Barack Obama entrou para o time dos figurões favoráveis à legalização da maconha - bem, em realidade, quase isso.

Com pesquisas que desde o fim do ano passado indicam que os americanos mudaram sua opinião sobre a droga, Obama diz que fumar a erva é ruim, mas não é mais prejudicial para a saúde do que o álcool e que não vê sentido em punir criminalmente os usuários.

As declarações de Obama foram publicadas ontem no site da revista The New Yorker, em reportagem do editor David Remnick, autor de A Ponte - A Vida e Ascensão de Barack Obama.

 — Como já foi revelado, fumei maconha quando era garoto e considero um hábito ruim e um vício, não muito diferente dos cigarros que fumei quando jovem e até uma idade avançada na minha vida adulta. Não acho que seja mais perigosa do que o álcool— afirmou o presidente, que nos anos 1970 consumiu maconha no Havaí.

Surpreso com a resposta, o jornalista insistiu:

— É menos prejudicial?

Segundo Remnick, Obama se reclinou na cadeira e pensou por instantes antes de responder:

— Menos perigoso, em termos do impacto no consumidor individual. Não é algo que eu encoraje. Já falei para minhas filhas que é uma má ideia, uma perda de tempo, não muito saudável.

O que realmente incomoda Obama, diz o texto, é a desproporção entre as prisões por maconha, com mais prisões entre jovens pobres do que de ricos.

— Os garotos de classe média não vão para a prisão por fumar maconha, mas os garotos pobres, sim. E os garotos afro-americanos e os garotos latinos têm mais probabilidade de serem pobres e são menos propensos a dispor de recursos e apoio para evitar penas excessivamente duras.

Obama demonstrou apoio à recente legalização da maconha nos Estados de Colorado e Washington.

— É importante que isso seja superado porque é importante para a sociedade evitar uma situação na qual grande parte da população tenha em um determinado momento violado a lei e apenas uma pequena porção dela seja castigada.

O uso da maconha com fins medicinais foi autorizado em 21 Estados do país. Os Estados de Washington e Colorado são os únicos a permitir o uso recreativo da droga - gerando discrepâncias com a legislação nacional, que considera crime. No entanto, em agosto, a Casa Branca anunciou que não iria barrar a legalização recreacional nos dois Estados.

Legalização não vai resolver todos os problemas, afirma

Em 2012, ele já havia declarado que não fazia sentido dar prioridade na política antidrogas aos usuários de drogas recreativas em Estados que já disseram que isso é legal.

— Tenho um peixe maior para fritar — afirmara.

Ainda na entrevista que será publicada na edição de 27 de janeiro, o jornalista descreve como Obama também agilmente contrabalança suas afirmações, desmontando parte de um dos argumentos mais repetidos em favor da legalização:

— Aqueles que afirmam que legalizar a maconha é a panaceia e que isso vai resolver todos os problemas sociais provavelmente exageram — ressaltou.

Acrescentou que a política de legalização no Colorado e em Washington é complexa e que o experimento será "um desafio".

Entre os que defendem a legalização como estratégia para reduzir o narcotráfico estão os ex-presidentes Bill Clinton, Vicente Fox e Fernando Henrique Cardoso.

Obama também diferenciou a maconha das drogas "mais duras", que "prejudicam gravemente o consumidor e têm custos sociais importantes" e ponderou o risco de, se for totalmente legalizada, surgir um movimento para incluir outras substâncias.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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