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O vírus da paz

O vírus da paz

HÉLIO DE SOUZA FILHO

27/03/2010 - 04h27
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O presidente Lula já não surpreende, há tempo sua verdadeira personalidade foi decifrada. O que espanta é a falta de cerimônia com que diz o que lhe vem à cabeça, as artimanhas que usa para alcançar seus propósitos e a forma com que trata a população do país que o tem como presidente, como se desgovernasse uma nação de beócios. Agora quer ser Secretário Geral da ONU. Pobre mundo, ter que aturar o “nunca antes neste planeta”. Nos últimos anos a população brasileira, arrastada pelo projeto neomarxista do núcleo duro governista em que o presidente toma ares e forma de rainha da Inglaterra, tem convivido com propostas que comprometem a paz social, solapam a democracia, restringem o progresso em certas regiões e afetam a integridade territorial, bem como com denúncias e escândalos em que o único penalizado tem sido a lei, que, ao avesso de ser utilizada para promover a justiça, tem sido empregada para postergar julgamentos e tolher apurações, quando não para absolver culpados. Democracia, Soberania, Integração Nacional, Paz Social, Integridade Territorial e Progresso, é bom que nunca seja esquecido, devem constituir objetivos nacionais permanentes de qualquer país, da mesma forma que não se deve perder a noção de que os Estados podem sobreviver ao ceticismo, mas nunca à injustiça. Quem pensa, flexiona, e quem flexiona, deduz sem dificuldade ou iniqüidade, que entre Lula e o Politburo petista sempre houve um jogo de interesses, em que, o presidente, desprovido de competência, razão do reina, mas não governa e do assina, mas não lê, vale-se da aptidão intelectual dos integrantes do Comitê Central do partido, enquanto este, necessitado de popularidade, lucra com o carisma dele e pavimenta seu caminho ao poder, enquanto, ambos, se aproveitam da ingenuidade da população e logram a militância do partido. Lula sabe que foi e é usado, bem como que seu momento está próximo ao fim, da mesma forma que entende ser a ascensão plena ao domínio do país dos “cumpanhêro”, suas criaturas, o término de sua utilidade, da mesma forma que o Politburo acredita que a partir de 2011 ele será mais empecilho do que solução, portanto, livrar-se dele é mais que uma necessidade, é uma imposição. Diante disso procuram uma arrumação para o seu futuro que garanta os holofotes e o palanque dos quais se habituou e que o mantenha longe do Brasil, onde a presunção consolidada em 13 anos de candidaturas e oito anos de chefe de Estado, poderá tornar-se, no ostracismo ao qual todos os ex são condenados, o maior antagonista da República que o Comitê Central quer criar. As milhagens acumuladas em viagens para países quase desconhecidos da Ásia e nações obscuras da África; o perdão sistemático de dívidas de nações pobres, mesmo que reconhecidamente perdulárias; a solidariedade socialista para com hermanos sul-americanos na conivência aos prejuízos causados a empresas estatais brasileiras e na acomodação dos calotes aos empreendimentos privados; a cumplicidade sistemática aos governos ditatoriais de Cuba, Venezuela, Irã e, mais recentemente, de Mianmar; a insistência em trazer a Copa do Mundo e a Olimpíadas para o país, mesmo sabendo de seus custos e das perdas para o país; a brancaleônica investida na mediação do conflito israelense-palestino e as reiteradas críticas à direção da ONU; ações muitas vezes justificadas como necessárias para projetar o país e angariar apoio à candidatura a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, não passam, na verdade, de uma campanha pessoal do presidente para a Secretaria Geral da Organização das Nações Unidas ou, pasmem, à presidência do Banco Mundial. A Secretaria Geral é o posto preferido por Lula e pelo Politburo. Para o presidente é o de maior importância, possibilita intermináveis viagens, dispensa experiência, o trabalho é conversar e tem mandato de quatro anos com direito a reeleição. Para o Politburo representa a certeza, senão do respaldo, ao menos da defesa internacional para o seu projeto Brasil e a possibilidade de desatrelarse da mística criada em torno do presidente. Daí o mensageiro do amor e inoculador do vírus da paz com que pirotecnicamente se autoproclamou em Jerusalém e em Ramallah para pacificar o conflito entre judeus e palestinos que já dura 2.500 anos. O projeto, sutilmente traçado no início do 2º mandato, caminhou muito bem. Lula conseguiu com habilidade orbitar entre inimigos declarados e inconciliáveis como Bush, Fidel e Chaves, ser referenciado por Obama, receber títulos de jornais europeus e torna-se um jogador global, mesmo que em muitas ocasiões não ter ficado claro se os aplausos eram de reconhecimento, incentivo ou desdém. Contudo, as últimas atuações, além de ruborizar o país, podem ter comprometido toda a estratégia. O apoio incondicional ao aprendiz de tirano Chaves, as reiteradas demonstrações de descaso com os direitos humanos dos presos políticos cubanos, que comparou a bandidos, e da oposição iraniana, vítima do fundamentalismo implacável de Ahmadinejad, a defesa ao programa nuclear do Irã e as trapalhadas diplomáticas na recente viagem ao Oriente Médio, mais de desfazer a máscara de democrata, poderá representar a perda da credibilidade internacional, construída com a falsa argamassa de estadista. Assim, adeus cargo, o que, aliás, poderia ser muito bom para o Brasil, pois criatura e criador estariam, fatalmente, prontos para, como tem normalmente ocorrido nesse tipo de associação, se digladiar pelo poder, e Lula estaria apto, finalmente e de verdade, a fazer alguma coisa pelo país.

Servidores

Governo Lula amplia proposta de reajuste para 9,5% para servidores federais da educação

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%

19/04/2024 14h00

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira. Foto: Gerson Oliveira

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2026, não em maio, como é praxe.

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira.

A proposta foi feita em reunião de lideranças sindicais no Ministério da Gestão e Inovação com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria em protesto.

Do lado do Executivo estiveram presentes o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso.

Também participaram representantes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
De acordo com o governo, há 220 mil pessoas nesta carreira.

"A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026", disse Grisa.

"A gente traz a proposta agora, inclusive adiantando para o mês de janeiro de 2025, já ter 9% em 2025. Então a gente dobra a proposta feita anteriormente para essa carreira de técnicos administrativos", completou.

Ao final da reunião, os secretários do governo falaram com jornalistas sobre a proposta. À tarde, a mesa de negociação será com professores.

Docentes de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil entraram em greve no último dia 15, após o governo não prever reajuste às categorias.
Eles exigem aumento salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

De acordo com balanço de quinta-feira (18) da Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), há 24 instituições paralisadas e outras 11 com indicativo de greve. Já a Fasubra diz que 66 das 69 instituições aderiram à greve.

Dia do exército

Riedel, secretários e policiais recebem honrarias nos 376 anos do Exército

Cerca de mil militares das Forças Armadas participaram de solenidade no CMO

19/04/2024 13h00

Marcha e desfile de militares do Exército Brasileiro MARCELO VICTOR

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Cerca de mil militares das Forças Armadas comemoraram os 376 anos do Exército Brasileiro (EB), na manhã desta sexta-feira (19), em solenidade realizada no Comando Militar do Oeste (CMO), localizado na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

Homens e mulheres fardados, de 13 grupamentos/batalhões, marcharam e desfilaram em alusão ao Dia do Exército, comemorado anualmente em 19 de abril.

Durante a solenidade, foram entregues medalhas, diplomas, certificados e honrarias militares ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); comandante-geral da Polícia Militar (PMMS), Renato dos Anjos; comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Frederico Reis; secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira; presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul); entre outras autoridades.

Os convidados foram homenageados em reconhecimento aos serviços que contribuíram para progresso, defesa e segurança de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o governador do Estado, Eduardo Riedel, a parceria entre o governo de MS e EB garante ganhos na infraestrutura, sociedade e segurança pública.

“Estou muito honrado de receber uma homenagem do Exército Brasileiro, é uma instituição que orgulha a todos nós. E para o Mato Grosso do Sul, é fundamental, um estado que faz fronteira com dois países, faz divisa com mais outros cinco estados da federação e a sede do Comando Militar do Oeste é aqui no estado de MS. É uma parceria extremamente efetiva, diante de todas as situações que nós temos no estado, o Exército Brasileiro traz ao estado tranquilidade e parceria grandes em diversas áreas, social, infraestrutura, segurança pública. E a gente fica muito honrado em receber essa homenagem aqui hoje”, disse o governador de MS, em coletiva de imprensa.

Segundo o general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, a missão do EB é a de contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social.

“São 376 anos de dedicação à Pátria, ao nosso povo, ao nosso Brasil, trabalhando dentro dos nossos princípios de disciplina, hierarquia, valores e ética. Nosso papel é a garantia dos direitos constituídos, a defesa da Pátria, colaborar para o desenvolvimento nacional e estar junto a sociedade, tornando esse Brasil cada vez maior”, ressaltou o general.

O Dia do Exército Brasileiro é comemorado anualmente em 19 de abril, data que relembra o aniversário da Batalha de Guararapes, travada em 1648, quando brasileiros de diversas origens se uniram pela primeira vez em defesa do território contra o domínio holandês.

Neste dia, são realizadas diversas atividades para celebrar e reconhecer o trabalho e a importância do Exército na defesa da nação e na manutenção da ordem e segurança interna.

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