SCHEILA CANTO
Nem sempre a gravidez é confirmada rapidamente; algumas mulheres podem esperar alguns ciclos até que ela finalmente ocorra. Mas quando surge o positivo, muitas ficam com dúvidas sobre como proceder nesta fase. Ontem, foi comemorado o Dia da Gestante. A data serviu para relembrar os cuidados que todas as mulheres precisam ter para garantir uma gestação e pós-parto saudáveis.
Semana passada foi realizado em Campo Grande o XXV Congresso de Ginecologia e Obstetrícia de Mato Grosso do Sul. O encontro reuniu vários especialistas da área, que discutiram, entre outros assuntos, a importância do acompanhamento médico para mulher durante a gestação, chamado de pré-natal. Durante esse período, com consultas regulares, o médico obstetra avalia preventivamente a condição do bebê e a saúde da mãe.
Segundo a presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia, Maristela Vargas Peixoto, os exames de rotina recomendados a cada trimestre gestacional contemplam análises do sangue, ultrassom, curva glicêmica, entre outros.
No que se refere à nutrição, há uma corrente que diz: “somos o que comemos”. Partindo desta premissa, a futura mamãe também precisa manter uma boa alimentação; assim o bebê poderá receber todos os nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento, e a mulher terá uma gravidez sem a ocorrência de anemias, hemorragias e diabetes gestacional. Os ginecologistas obstetras ressaltam que a indicação não é comer por dois, mas ter alimentação balanceada e com mais qualidade; caso contrário, a gestante só conseguirá engordar mais que o devido.
O peso ideal de uma grávida oscila entre nove e doze quilos, considerando toda a gestação, ou seja, cerca de 1,5 a 2 quilos por mês a partir da 16ª semana. Desta forma, é importante a restrição ao consumo de alimentos calóricos, como refrigerantes, balas e doces industrializados. Para uma melhor digestão, recomenda-se a divisão das refeições em seis a oito vezes ao dia, preparadas com ingredientes que são fontes de proteínas, ferro, cálcio e ácido fólico, preferencialmente com um baixo teor de gordura.
Alguns alimentos que trazem estes benefícios são a carne vermelha que tem proteínas e ferro, os laticínios em geral que contêm cálcio e os vegetais verdes escuros, cereais, leguminosas e ovos, que são ricos em ácido fólico.
Suplemento vitamínico
De acordo com o ginecologista e obstetra Guilherme Loureiro Fernandes, professor responsável pelo setor de Medicina Fetal da Faculdade de Medicina do ABC e médico responsável pelo setor de Medicina Fetal da Maternidade Pro Matre Paulista, é muito difícil ter alimentação perfeita. Por isso, é comum que o especialista prescreva suplementos polivitamínicos/poliminerais para suprir as atividades fisiológicas que surgem com a gravidez, período em que ocorre um aumento das necessidades nutricionais diárias. O Natele, por exemplo, é desenvolvido especialmente para mulheres grávidas.
O médico ressalta que a deficiência de micronutrientes (vitaminas e sais minerais) pode ocorrer até mesmo em gestantes saudáveis, que se alimentam adequadamente, sendo a suplementação de vitaminas importantes para a redução significativa da incidência de malformações neurológicas, cardíacas, faciais, urinária ou defeitos de membros.
Há também evidências que a suplementação nutricional comprova a diminuição da incidência de abortamentos, pré-eclâmpsia (alta pressão arterial, retenção de líquidos e presença de proteína na urina), diabetes gestacional, trombose e nascimentos prematuros. “A gestante que recebe prescrição de suplementos polivitamínicos pode continuar o uso durante a amamentação. Mesmo em lactantes saudáveis, que se alimentam adequadamente, a deficiência de vitaminas e sais minerais pode ocorrer, por isso, a suplementação é indicada”, finaliza Guilherme Fernandes.
Para saber mais, acesse o site www.gineco.com.br