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O plástico comestível

O plástico comestível

Redação

28/04/2010 - 19h51
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Em junho de 2008, a revista "Caros Amigos" em edição especial de meio ambiente (No.43), brindou os seus leitores com uma capa muito sugestiva: a repórter Gabriela Laurentiis experimentava um filme plástico de mandioca para embalar alimentos, e dizia: "É gostoso". O produto, desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (inspirados em projeto semelhante desenvolvido nos EUA), à base de mandioca e sacarose, é uma alternativa ao plástico convencional, pois além de embalar alimentos, é comestível e biodegradável! Na ocasião, a pergunta que perpassou pela cabeça de quem leu a reportagem da jornalista Cylene Dworzak, "Plástico de mandioca – bom para embalar, bom para comer", foi: "Quando será que esse produto chega ao supermercado, hein? ".

De acordo com Cynthia Ditchfield, que estava então à frente da pesquisa na USP (a ideia inicial foi da pesquisadora Priscila Veiga dos Santos, da Unicamp), ao contrário do plástico convencional, que advém do petróleo e dura cerca de 100 anos para se decompor na natureza, o da mandioca, por ser proveniente de uma fonte renovável e comestível, se degrada rapidamente em apenas alguns meses. Além disso, o Brasil é o segundo maior produtor de mandioca, atrás apenas da Nigéria. "É uma maneira de agregar valor a um produto nacional", diz ela. "A gente pensou em juntar as duas coisas, fazer uma embalagem que proteja e seja biodegradável, usando ingredientes naturais, comestíveis, e que não vai migrar nenhuma substância tóxica para o alimento". (Caros Amigos, Junho/2008).

Mais recentemente (23/01/2010), pesquisadores da Embrapa desenvolveram películas comestíveis que prometem conservar frescos e proteger os alimentos da ação de microorganismos por mais tempo. A tecnologia que ainda está em fase de testes e não chegou ao mercado é uma alternativa ecológica às embalagens de plástico sintético. De acordo com os pesquisadores, os filmes comestíveis ajudam a reduzir o volume de plástico descartado no ambiente, uma vez que ao invés de ir ao lixo a embalagem é comida sem gerar resíduo. Calcula-se que no Brasil a produção anual de filme plástico chegue a 210 mil toneladas (cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/01/embalagens-para-comer).

O curioso nessa história toda, é que o mesmo polímero que deu origem ao plástico – considerado hoje um dos principais vilões do meio ambiente nos grandes centros urbanos – foi recebido com entusiasmo ao ser descoberto pelo inglês Alexander Parkes, em 1862. É que ele viria substituir o marfim, usado então em larga escala na fabricação de bolas de bilhar, e como o marfim provinha de elefantes, temia-se pela extinção desses paquidermes! Ironicamente, hoje se busca justamente substituir o plástico sintético que se transformou numa praga pós-moderna! Essa necessidade e a preocupação de evitar que o planeta acabe virando um grande aterro sanitário, fazem com que pesquisadores de todo mundo procurem materiais biodegradáveis para substituí-lo. A China, por exemplo, se vê às voltas com nada menos que três bilhões de sacolas plásticas por dia! (Caros Amigos, junho/2008, Wikipédia,2010).

Enquanto o plástico comestível e biodegradável não chega ao consumidor, porém, o que fazer com as cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais que o Brasil utiliza por ano, conforme estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)? Nesse sentido, em evento recente (15/03/2010), que contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a rede de supermercados Carrefour prometeu oficialmente interromper em quatro anos o uso de sacolas plásticas em suas lojas. Na mesma ocasião, Minc anunciou que, desde o início da campanha "Saco é um Saco", lançada pelo ministério em 5 de junho de 2009, Dia Mundial do Meio Ambiente, o brasileiro deixou de utilizar de 600 a 800 milhões de sacolas plásticas. Esse material, segundo o ministério, levaria cerca de "400 anos para se degradar"! E no dia 12/03/09, a rede de supermercados Wal-Mart lançou um programa de caixas preferenciais e descontos simbólicos ao consumidor que utilize sacolas retornáveis. (Folha Online,15/03/2010).

Nesse sentido, numa enquete realizada pela Folha Online em 10/03/2010, e que perguntou aos seus leitores: "O Carrefour vai banir sacolas plásticas e Washington (EUA) proibiu sua oferta gratuita, você as evita?" Em 3.956 votos computados, 8% disseram que pararam totalmente, 38% que as evitam, 29%, pretendem fazê-lo e 26% que não vão evitar. Ou seja, embora não possa ser considerada uma pesquisa formal, somados os que pretendem e os que não evitam as citadas sacolas no supermercado, 55% dos brasileiros parece que ainda não despertaram para a necessidade de reduzir o número de sacolas plásticas que leva pra casa todos os dias e que vão para os lixões, bueiros, rios e mares, entupindo, matando peixes e contaminando o meio ambiente! (Ver "Lixão se forma no meio do Oceano Pacífico", Globo.com, 15/02/09).

É bom que se diga, porém, que sem a implantação da coleta seletiva de lixo nas cidades brasileiras – incluída aí Campo Grande – fica difícil implementar quaisquer outras medidas que visem reduzir o número de sacolas plásticas utilizadas diariamente por sul-mato-grossenses ou brasileiros em geral. E enquanto o plástico comestível não chega aos supermercados, que tal aderir à campanha da "Fundação Verde" e trocar as sacolas plásticas por outras de algodão reutilizáveis? Não dá mais pra ignorar ou se esconder!

 

Hermano de Melo, Médico-Veterinário, escritor e acadêmico de jornalismo.

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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