O navio-hospital Comfort, com 600 médicos e mil leitos, chegou ontem ao Haiti e imediatamente recebeu seus dois primeiros pacientes: uma criança de 6 anos e um jovem de 20, ambos em risco de morte. Segundo fontes do Comando Sul das Forças Armadas americanas, a criança, que tinha a pélvis esmagada e a bexiga e a uretra perfuradas, e o jovem, com traumatismo craniano e possivelmente a cervical quebrada, foram levados de helicóptero para o Comfort, que possui várias salas de cirurgia bem equipadas e uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ao chegarem, os dois pacientes foram imediatamente atendidos pelos médicos do navio-hospital, que no Twitter disseram que estavam ansiosos para começar a prestar socorro às vítimas do terremoto que devastou o Haiti no dia 12 de janeiro. Tanto a criança como o jovem levados para o Comfort já tin ham recebido atendimento médico em outro navio americano, o portaaviões Carl Winson. Mas como as instalações médicas desta embarcação são mais limitadas, ambos foram levados imediatamente para o Comfort. A transferência aconteceu por volta das 13h30min (de Brasília). O menor estava consciente e conseguia falar. O jovem, por sua vez, estava entubado e logo foi submetido a exames de raios-X, dado o risco de uma hemorragia interna no crânio. Navio O Comfort é um grande navio, com 272 m de comprimento e capacidade para funcionar como um hospital tradicional. Equipada com 12 salas de cirurgia, 60 camas de terapia intensiva e 600 leitos para pacientes levemente feridos e 400 para pessoas em estado grave, a embarcação é considerada uma peça vital no socorro humanitário oferecido pelos EUA ao país caribenho. Capital Porto Príncipe vem enfrentando uma onda de saques. A polícia não consegue controlar a ação dos saqueadores. Além disso, a população, apesar da chegada da ajuda humanitária, não vem conseguindo receber adequadamente água e comida, pois não há estrutura na cidade para fazer a distribuição. Além disso, haitianos continuam lotando navios dos Estados Unidos e partindo para um campo de refugiados instalado em Orlando. Os hospitais de Porto Príncipe estão totalmente lotados e médicos e enfermeiros, esgotados fisicamente devido ao grande número de atendimentos, que vem sendo feito até na rua.