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Número de veículos importados já é maior que o de exportados

Número de veículos importados já é maior que o de exportados

Redação

13/06/2009 - 17h00
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        Da redação

        Pela primeira vez em quase 15 anos, os brasileiros compraram mais carros importados do que a soma de todos os veículos que o País exportou. No acumulado de janeiro a maio, 169 mil veículos fabricados em países como Argentina, Alemanha e Coreia do Sul foram vendidos no mercado nacional, enquanto as exportações totalizaram 162,4 mil veículos.
        Em número de unidades, a balança comercial brasileira não era negativa desde 1995, o primeiro ano cheio do Plano Real, quando o dólar e a moeda brasileira tinham praticamente o mesmo valor. Nos anos seguintes, o saldo anual nunca mais foi deficitário, como mostram dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
        O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, espera que o saldo negativo, que foi mais acentuado no primeiro trimestre, siga se recuperando, a exemplo dos resultados de abril e maio. Ele admite, porém, que o câmbio atual favorece as importações. Além disso, os mercados abastecidos pelo Brasil, principalmente na América Latina, estão em crise, e as encomendas de janeiro a maio despencaram 47,4%.
        "O principal, na verdade, é que a relação exportações-importações/vendas está no zero. Há dois ou três anos estava nos 40%", analisa o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio da Quest Investimentos. "A relação cede por alta de consumo relativo: exportamos pouco e nosso consumo doméstico cedeu menos do que o do resto do mundo."
        Em valores, o saldo da balança comercial de veículos ainda é favorável ao Brasil em US$ 800 milhões neste ano, mas está abaixo da média de igual período do ano passado. A Anfavea projeta queda de 39% nas exportações em 2009, para US$ 8,5 bilhões.
        Em unidades , o tombo, inicialmente, ficaria em 32%. "Nossa previsão feita no início de abril de exportar 500 mil veículos parece otimista demais diante dos resultados que tivemos nos primeiros cinco meses", diz Schneider. De janeiro a maio o setor exportou 162,4 mil veículos, ante 308,6 mil no mesmo período de 2008.
        As importações devem corresponder a 13% das vendas previstas para o ano todo, de 2,7 milhões de unidades, o que daria cerca de 352 mil unidades. Schneider lembra que a maior parcela das importações são da Argentina e do México, "países com os quais o Brasil tem vínculos históricos e acordos comerciais".
        Carros vindos do Mercosul e do México não pagam imposto de importação e são trazidos, a maioria, por montadoras locais para complementar a linha de produtos. Já modelos fabricados em outros países são taxados em 35%. A maior parte é da categoria de luxo e é trazida também por representantes de marcas que não têm fábricas locais como BMW, Porsche e Kia.
        Segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), de janeiro a maio, as empresas filiadas à entidade importaram 12 mil veículos, 17% a mais que em igual período do ano passado. Há vários lançamentos nessa faixa de produto, normalmente com preços acima de R$ 100 mil.
        Na quarta-feira, a BMW lançou o Mini Cabrio - a versão conversível do Mini Cooper, lançada este ano - e o esportivo BMW Z4. A Hyundai também apresentou o hatch i30 e, na próxima semana, a Mercedes-Benz, que este ano iniciou as importações do minicarro Smart, apresenta o Classe E.
        Luxo 

        As montadoras também reforçaram importações no segmento de luxo, como a Volkswagen, com o conversível Eos, trazido de Portugal, e o utilitário Tiguam, vindo da Alemanha. A Fiat promete para o segundo semestre o Cinquecento (500), minicarro que virá da Itália. "Algumas marcas, como a Chrysler, aproveitaram o mote da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros com motores até 2.0 e também reduziram seus preços para modelos fora dessa faixa", lembra Paulo Roberto Garbossa, da ADK Consultoria.
        Segundo ele, enquanto o mercado brasileiro tem apresentado reação positiva, mesmo na importação de modelos mais caros, as exportações estão em declínio porque, além do real valorizado, "o produto nacional está na chamada faixa de entrada (carros mais baratos) e é exportado justamente para países onde está a crise". (informações da Agência Estado)

         

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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