Michelle Rossi
Embora o número de mortes no trânsito de Campo Grande esteja diminuindo – passou de 19 mortes, nos primeiros quatro meses de 2009, para 14 no mesmo período neste ano –, as ocorrências de acidentes envolvendo veículos nas ruas da Capital aumentaram. Foram 2.164, em 2009, contra 2.644, em 2010. Isso equivale a 661 por mês ou 22 por dia, o que representa elevação de 22%, mais do que o dobro do aumento da frota, que foi de 9%. Os dados são do Comando de Policiamento Metropolitano da Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito (Ciptran).
Se comparadas as estatísticas do período em 2009 com as atuais de 2010, também aumentou o número de feridos em acidentes em Campo Grande: de 1.518 para 1.910. “Acredito que o aumento da frota de veículos circulando pela Capital também seja responsável por mais estatísticas envolvendo acidentes”, descreveu o major Alírio Villasanti Romero, comandante da Ciptran.
Já os exames com os bafômetros resultaram em mais autos de infração neste ano, com 203 registros contra 115 autos do mesmo período do ano passado; enquanto 58 condutores foram encaminhados para delegacias de polícia em 2009 contra 89 pessoas encaminhadas em 2010. “São utilizados 15 bafômetros para os testes e todos os dias temos blitz nas ruas. Nos fins de semana, priorizamos a área de concentração dos bares na região da Avenida Afonso Pena”, indica o major.
Motos
Das 14 mortes no trânsito nos primeiros meses deste ano, sete são resultado de acidentes envolvendo motocicletas; quatro, veículos de passeio e três, com pedestres. Quando classificados por sexo: 10 mortes foram de homens e 4 de mulheres.
No ano passado, das 19 mortes, 14 foram com motociclistas. “Um dos pontos com acidentes com motos é a falta de utilização do equipamento de segurança por parte dos pilotos e passageiros. Muitas vezes, o capacete escapa da cabeça e assim não protege da maneira correta”, analisa o comandante da Ciptran, que emenda: “A curto prazo, pode-se baixar o índice de acidente no trânsito com fiscalização mais severa e com sinalização adequada nas ruas. A médio e longo prazo, as medidas socioeducativas e mais exigências para aqueles que tiram a habilitação resolvem”, destaca.