Em cidades da região sul de Mato Grosso do Sul, moradores têm realizado uma força-tarefa para arrecadar fundos e custear o transporte de pacientes até o Hospital do Câncer de Barretos. “Enquanto muitos ficam na fila de espera, tentando atendimento na Capital, outros optam por fazer o tratamento em Barretos uma vez que o câncer é uma doença que não pode esperar. Tudo tem de ser muito rápido, do diagnóstico ao tratamento”, compara o coordenador responsável por arrecadar fundos para o Hospital de Barretos em Mato Grosso do Sul, Ademar Capucci, que tem escritório em Fátima do Sul.
Em evento realizado recentemente foram arrecadados R$ 380 mil que serão usados para custear transporte e também serão repassados para o hospital. Tanto o Hospital do Câncer em Barretos quanto o Hospital de Campo Grande atendem 98% dos pacientes com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e também contam com doações da sociedade civil. No interior paulista, as doações chegam à casa dos milhões com a contribuição de famosos, como Xuxa e Ivete Sangalo.
Na Capital de Mato Grosso do Sul, as doações fazem a diferença, mas são muito inferiores às cifras alcançadas em Barretos. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital do Câncer de Campo Grande, esse número não chega a cobrir 5% dos custos. Os recursos do SUS são federais, mas repassados pela prefeitura municipal.
Tipos
Os casos mais atendidos em Barretos confirmam as estatísticas, segundo o Instituto Nacional do Câncer, de ocorrências no Brasil da doença: nas mulheres câncer de mama, nos homens de próstata e sem especificar gênero, ocorrências em pulmão. Para ser paciente do hospital é preciso ter diagnóstico de câncer e ser encaminhado por alguma unidade hospitalar. (MR)