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NO PARANÁ - MP briga na Justiça por direito de menores infratores

NO PARANÁ - MP briga na Justiça por direito de menores infratores

Redação

18/08/2010 - 15h55
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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ingressou na Justiça contra o Estado, neste mês, para evitar que outros adolescentes passem mais tempo do que o previsto em cadeias públicas.

As situações mais graves foram em Almirante Tamandaré e Apucarana, onde a espera de cinco dias por uma transferência chegou a quase oito meses. De acordo com o promotor de Justiça Murillo José Digiácomo, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente do MP-PR, a culpada por essa espera não é apenas a falta de vagas em unidades socioeducacionais.

"Não adianta ampliar o número de vagas de internamento. Temos que criar alternativas para prevenir a prática de infrações e evitar que tenhamos que aplicar medidas privativas de liberdade", ressalta.

Fabiano André Ferreira, assessor jurídico da Secretaria de Estado da Infância e Juventude, concorda. "O juiz às vezes envia o adolescente diretamente para internação porque não encontra medidas em meio aberto no município", afirma.

Segundo Fabiano, o sistema socioeducativo paranaense está quase no limite de lotação, mas pelo menos 30% dos adolescentes internados poderiam estar fora das unidades, cumprindo medidas em meio aberto.

Digiácomo defende que a responsabilidade dos municípios é grande na criação de políticas públicas de prevenção. Por lei, o município deve criar medidas em meio aberto, enquanto o Estado tem a incumbência de estruturar a internação, que seria a "UTI" para a recuperação do adolescente.

"É especialmente necessário manter os adolescentes nas escolas, atender as famílias, fazer a prevenção do uso de drogas, promover o tratamento dos dependentes químicos e desenvolver programas socioeducativos em liberdade", pontua.

Casos

Segundo o promotor, as ações contra o Estado pretendem incentivar o poder público a agir na prevenção. "Ninguém nasce com a arma na mão. É uma trajetória de abandono e acesso ao crime que leva a esse ponto. O que ele vai aprender na delegacia? Vai sair pós-graduado no crime, e não recuperado", afirma Murillo.

Fabiano informa que foi feita uma nova programação da readequação de vagas devido a uma reforma no Centro Sócio Educativo de Curitiba, que causou o atraso na transferência dos adolescentes de Almirante Tamandaré.

Porém, os casos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e no litoral são mais raros do que as situações no interior do Estado, onde são poucas as unidades socioeducativas.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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