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Nelson Mendes Fontoura, exemplo de dignidade

Nelson Mendes Fontoura, exemplo de dignidade

Redação

24/04/2010 - 06h16
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“Aqui nestas ilhas (Inglaterra), somos a nação mais respeitada do mundo, porque, nela, os honestos são mais corajosos que os canalhas”.                                                        Arnoldo Toynbee

Bem oportunas as palavras do emitente historiador britânico, epigrafadas, pois nos traz à mente a figura de uma admirável feição de homem honrado, trabalhador, amável, com todos os méritos de um exemplar pai de família, amigo, pacificador, homem público de altos valores morais: dr. Nelson Mendes Fontoura, que, no dia 13 deste mês, foi convocado pelo Pai Celestial para as galerias da eternidade.

Nelson ostentava a compleição de um apóstolo do Direito, conciliador nos momentos difíceis, seja no âmbito familiar, seja no social e público.
Nascido na histórica Coxim, integrante de tradicional e talentosa família do local, os Fontoura, venceu pelo trabalho e pela dedicação aos estudos, formando-se em Direito, no Rio de Janeiro, então capital da república, numa geração que produziu grandes nomes, como Ramez Tebet, Rui Garcia Dias, Leonardo Nunes da Cunha, Ruben Figueiró de Oliveira, Nelson Trad, Higa Nabukatsu, José Alberto Couto Pontes, para só citar as vocações jurídicas da região sul do então Mato Grosso, perdoando-me pelo olvido de muitos, involuntariamente.

 Após a formatura, na década de 60, Nelson retornou a Campo Grande e foi logo escolhido para o cargo de promotor de Justiça, em Campo Grande, onde só havia dois titulares, sendo o outro o dr. Carlos Ferreira de Viana Bandeira, que dá nome à sede do Ministério Público local, ao lado do Fórum de Campo Grande, na Rua Barão do Rio Branco. Nesse cargo, desenvolveu uma atividade fecunda e eficiente, na preservação da ordem pública e segurança da coletividade, com sabedoria e imparcialidade.

Com o advento da criação do Estado de Mato Grosso do Sul, com a lei complementar de 1977, sua assinatura, em Brasília, com grandes festividades governamentais e populares, pelo querido presidente Ernesto Geisel, tão justamente celebrado com seu nome a uma das principais artérias de Campo Grande, o nome de Nelson Mendes Fontoura não foi esquecido, como era de se esperar, assumindo importantes missões, no Ministério Público, como procurador-geral da Justiça do novo Estado, e, depois, pela avaliação correta e justa de seus méritos, no Poder Judiciário, pela sua escolha para a alta investidura de desembargador do Egrégio Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Exerceu essa magistratura, com a honradez de sempre, chegando ao máximo da carreira com a nomeação para presidente de nossa digna e honrada Corte de Justiça , onde se destacou como Pretor excelso, em suas decisões e na administração, em todos os setores daquele poder. Após a sua aposentadoria, foi várias vezes lembrado e homenageado.

Poderia eu dizer, como romancista convicto, para usar uma expressão do inesquecível confrade Pe. Ângelo Venturelli, que Nelson Mendes Fontoura era um “varão de Plutarco”. Com efeito, o grande escritor, filósofo e biógrafo acima apontado tornou-se célebre ao escrever e celebrar as vidas dos grandes personagens da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), tendo vivido pouco depois da Ressurreição de nosso divino mestre, Jesus.

Nelson foi deputado Estadual, ao tempo do Estado uno, desempenhando seu cargo com o costumeiro acerto.
Orgulho-me de ter sido seu amigo e colega no Curso Científico do Colégio Dom Bosco; seu contemporâneo nos estudos universitários, no Rio de Janeiro; também nos cargos de direção da famosa Associação Mato-Grossense de Estudantes (AME), no Rio, onde tínhamos até um jornal, “O Roteiro”, sendo presidente da entidade o dr. Ruben Figueiró de Oliveira.

À família de Nelson Mendes Fontoura, os nossos sentimentos cristãos e a certeza deles decorrentes de que “Os justos verão a Deus”. À sua querida e eterna esposa Nice Maria; aos filhos que herdaram as virtudes dos pais: Nelson Mendes Fontoura filho, Jolivete, Alexandre e Alessandra.
Nesta hora de profunda saudade, só podemos mesmo lembrar as palavras de nosso Redentor: “Todo aquele que cumprir os meus ensinamentos, mesmo morto, viverá”.

José Couto Vieira Pontes

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Djalma Santana acredita em renovação no partido caso vença as eleições municipais do MDB

O chefe de gabinete do vereador Dr. Loester, relatou para a reportagem que deve ouvir mais os jovens para trazer nova ideias ao MDB de Campo Grande.

15/04/2024 18h39

Fotos: Eduardo Miranda/ Correio do Estado

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Com o objetivo de trazer novos ares e abrir as portas do partido para o eleitorado jovem, o candidato à presidência municipal do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Djalma Santana, aposta em sua experiência para conquistar os votos na escolha de quem vai comandar o diretório municipal do partido em Campo Grande. 

Ao Correio do Estado, o chefe de gabinete do vereador Dr. Loester relatou que os vereadores Dr. Jamal Salem, Wanderley Cabeludo e Wilson Domingos também devem disputar a presidência municipal do partido. Contudo, considerando que seus concorrentes devem participar das próximas eleições municipais, Djalma Santana acredita que esse fator, aliado à sua experiência, pode ser um diferencial para vencer a disputa pelo diretório municipal. 

Atualmente, o partido conta com 45 membros eleitos apenas em Campo Grande, e todos já garantiram que devem votar na escolha do novo presidente municipal do MDB. 

"O que ouvi diretamente do André Puccinelli é que ele não irá interferir nas eleições, e confio plenamente nele. Ao buscar informações entre os membros, percebi que meu nome é um dos mais comentados. Por isso, acredito que tenho o potencial e serei o novo impulso do MDB no município".

Quando questionado sobre quais seriam suas ideias para liderar o diretório municipal do MDB, Djalma Santana respondeu que sua principal bandeira é a renovação do partido.

"Hoje, o MDB é um partido muito fechado para novas ideias, e precisamos entrar os bairros e ouvir mais a população. É crucial a aproximação deles e estejamos abertos a novas perspectivas, além de dar mais oportunidades para que os jovens sejam ouvidos", detalhou.

Djalma Santana prosseguiu relatando sobre a importância de dar mais ouvidos aos jovens, utilizando como exemplo o PT (Partido dos Trabalhadores) e a renovação de seus candidatos, destacando a pré-candidata à prefeitura de Campo Grande, Camila Jara (PT). 

“Olha essa moça [Camila]. Ela iniciou como vereadora, venceu como deputado federal e agora é candidata à prefeitura de Campo Grande. Isto é renovação. Hoje temos somente o André [Puccinelli] e precisamos preparar os jovens para o futuro, trazer eles ao partido”, relatou. 

“Precisamos também fomentar o segmento jovem do MDB, até porque a população acaba enjoando das mesmas pessoas. Os jovens têm ótimas ideias, meus filhos palpitam todos os dias e escuto eles. Precisamos oxigenar o partido e levar eles até o filiado. Temos hoje 10 mil, precisamos fazer 15 mil, somente em Campo Grande”, emendou Djalma Santana. 

Chapas 

Além de Djalma, mais três nomes correm por fora para a presidência do MDB. De acordo com Santana, a sua experiência pode ser fundamental para trazer novas ideias do partido. 

 “Hoje posso dizer que sou das antigas na política. Vou usar exemplo de um time de futebol. Eu iniciei a minha vida política na base, em 1988. Mas antes, fui militante em 1985 e comecei mesmo buscando a bola atrás do gol na política quando fui office boy para Ramez Tebet em 1982. Conheço muito bem as ideias do partido e essa experiência pode me ajudar a trazer boas ideias ao MDB”, relatou. 

Candidaturas

A eleição da diretoria municipal do MDB de Campo tem quatro possíveis candidatos à presidência. Os vereadores Dr. Jamal, Wanderley Cabeludo e Wilson Domingos devem disputar as eleições. 

Apesar da forte concorrência,  o chefe de gabinete do vereador Dr Loester acredita que pode sair vencedor. “Nunca me candidatei a vereador, deputado e a nada. Por isso, gostaria de ter essa chance em mãos e oxigenar o partido com ideias novas”, relatou. 


Escolha do novo presidente do MDB de Campo Grande. 

O presidente estadual do MDB, ex-senador Waldemir Moka, informou neste final de semana que o diretório municipal do partido em Campo Grande vai escolher na próxima semana o novo presidente para ocupar o lugar de Ulisses Rocha, que se desfiliou da legenda para ingressar no PP e assumir o cargo de secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov).

“Já conversei com a ex-deputada estadual Antonieta Amorim, que é a 1ª vice-presidente municipal do MDB na Capital e retorna na próxima semana de São Paulo (SP), para assumir interinamente a função. Ela vai convocar uma reunião do diretório municipal para declarar a vacância do cargo de presidente e, dessa forma, poder convocar uma nova eleição”, explicou.

No entanto, conforme o Correio do Estado apurou, o secretário-geral do MDB, Djalma Santana, o vereador Jamal Salem, os ex-vereadores Vanderlei Cabeludo e Mário César e Wilson Domingos estão interessados em assumir o cargo.

Desfiliação

Questionado sobre a forma como Ulisses Rocha saiu da presidência municipal do partido e ingressou de imediato no PP, o presidente estadual do MDB disse que viu a situação com naturalidade.

“O Ulisses viu no PP a melhor oportunidade de poder disputar o cargo de deputado estadual em 2026. Para nós, foi ruim, mas é uma coisa natural e só temos a agradecer pelo tempo dele destinado ao MDB e desejar boa sorte”, declarou.

Waldemir Moka lembrou que, quando o PSDB foi criado em Mato Grosso do Sul, também ficou sozinho no MDB. “Saiu todo mundo do partido e fiquei sozinho. Foi todo mundo para o PSDB, mas depois reconstruímos o partido. Por isso, vejo com naturalidade e vou continuar sendo amigo dele”, assegurou.

Ele ainda completou que não existe isso de que a saída dele “implodiu” o MDB de Campo Grande. “Ele sempre foi uma peça importante, principalmente para o ex-governador André Puccinelli, mas, ninguém é insubstituível”, finalizou.

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Política

Vereadores debatem a escassez de medicamentos na rede pública de saúde em audiência pública

Parlamentares relataram problemas no estoque e também na gestão de adquirir novos medicamentos

15/04/2024 16h22

Fotos: Câmara Municipal/ Divulgação

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Na manhã de hoje (20), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande debateram a falta de medicamentos da rede pública de saúde da Capital. A  escassez de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), vem chamando a atenção da sociedade e dos vereadores para entender a dimensão do problema.  

A audiência foi convocada pela Comissão Permanente de Saúde, composta pelos vereadores Dr. Victor Rocha (presidente), Prof. André Luis (vice), Dr. Jamal, Tabosa e Dr. Loester.

“É um tema recorrente dentro da saúde pública de Campo Grande. Fizemos vistorias e há falta de medicamentos e uma deficiência de informação, pois boa parte desses medicamentos são distribuídos pela Farmácia Popular, e muitas vezes o usuário não sabe”, afirmou o vereador Prof. André Luís.

Ainda de acordo com o  vereador, pensa em ouvir ainda mais a população para diminuir ainda mais o problema na rede pública de saúde. 

“Queremos ouvir todas as partes envolvidas para tentar uma melhor solução. De que maneira nós, do poder público, poderemos diminuir esse problema? Precisamos melhorar os sistemas e saber de que forma podemos otimizar para que haja uma solução adequada”, acrescentou.

O grande problema da falta de remédios do Sistema Único de Saúde (SUS) vem de anos. Desde de 2015, tramita na Justiça uma Ação Civil Pública proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) um projeto na tentativa de resolver o problema da falta constante de medicamentos. 

Segundo o vereador Dr. Victor Rocha, as reclamações chegam frequentemente aos parlamentares. Ele sugeriu ainda uma auditoria para fazer o levantamento das compras de medicação e a reabertura da farmácia da UPA Universitário.

“Muitas vezes, a população vai ao posto para pegar uma medicação e temos visto uma constância de reclamação. Quando tem dipirona, não tem paracetamol. Aqui é a caixa de ressonância da população e temos recebido essa demanda. No início do ano, tínhamos 40% de falta de medicamentos. De 250 medicamentos básicos, mais de 100 estavam em falta ou com estoque reduzido”, lembrou.

Durante a sessão, a secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, relatou que dos dos 243 medicamentos da rede, 107 estavam em falta, tanto na rede como no almoxarifado.  Segundo o balanço apresentado na audiência, a Sesau já conta com 203 medicamentos em estoque disponíveis para a população. O investimento no período passou de R$ 7,5 milhões.

“Me incomoda muito um usuário que, muitas vezes, não ganha um salário mínimo, ter que tirar do bolso medicação que é nossa obrigação, mesmo que seja R$ 10 ou R$ 20. Infelizmente, temos uma carga de doenças muito grande e nossa população tem um consumo elevado. Vamos fortalecer nossa rede com protocolos e planejamento, supervisionar os processos, e sempre avaliar. Esse é o segredo de uma boa gestão”, afirmou.

Em sua fala, o vereador Sandro Benites, que foi secretário de Saúde, afirmou que a falta de remédios sempre aconteceu. 

“Infelizmente, dentro da Prefeitura, a secretária, hoje, é a ordenadora de despesas. Ela é responsável pela compra de medicamentos. Porém, a gente só compra através da Secretaria de Compras. Isso é uma burocracia gigantesca que você não consegue corrigir no final de uma gestão. É preciso que a secretaria tenha autonomia, ou então a gente entra na vala comum”, defendeu.

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