A rotina de Bianca Salgueiro é bastante intensa para uma adolescente de 16 anos. Ela aproveita a energia da juventude para estudar tudo o que tem vontade. Mesmo tendo de se dividir entre as gravações de “Cama de gato”, novela na qual interpreta a meiga Eurídice, e a escola, a atriz preenche o pouco tempo livre com cursos. Aliás, se dividir entre várias atividades é algo que, se depender dela, vai continuar em seus planos. “Quero continuar sendo atriz, mas tenho muita vontade de fazer uma faculdade em outra área. Já pensei em Medicina, Economia ou Engenharia. Ainda não escolhi”, conta a carioca, que além de estudar francês, inglês e mandarim, pratica balé clássico há três anos. Mesmo com o pouco tempo que sobra para descansar, Bianca não se incomoda em ter uma agenda tão intensa. A rotina atribulada sempre foi presente na vida da jovem, que desde os dois anos pratica esportes e aos sete, começou o primeiro curso de teatro. “O meu pai leu em um artigo que as aulas ajudavam a acabar com a timidez e melhorar a memória. Por isso, ele me incentivou a fazer”, lembra. O primeiro trabalho, porém, não foi como atriz, mas como dubladora. “Não passei no meu primeiro teste. Depois, o diretor pediu para que eu fizesse outro e acabei ganhando um papel maior”, conta, orgulhosa, de seu trabalho em “Lilo e Stitch”, filme de animação, no qual emprestou sua voz à personagem principal. Assim como aconteceu na carreira de atriz, Bianca Salgueiro se encantou com a dança por acaso. Foi enquanto atuava em “JK” - minissérie da Globo, escrita por Maria Adelaide Amaral, na qual interpretava Maria Estela, filha do então presidente do Brasil, na fase criança -, que ela descobriu o amor pelo balé clássico. Durante as gravações, a atriz observava Maria Mariana Azevedo, que interpretava Márcia sua irmã na história e uma jovem apaixonada pelo balé. “Já tinha feito balé antes, mas por obrigação. Só quando vi ela dançando me deu vontade de voltar a dançar também”, explica ela, lembrando da época em que fazia parte de uma equipe de ginástica olímpica e, para ajudar na postura, foi indicada a praticar o estilo. “Hoje, faço porque gosto. O balé é uma base para qualquer outra dança. Além de ser um hobby, me ajuda como atriz”, ressalta. Aluna da escola de dança Dalal Aschar, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, Bianca tem aulas três vezes por semana, além de exercícios de meia ponta e ponta. “As aulas duram só uma hora, mas quando chega no final do dia durmo como um anjo. Me sinto cansada”, revela. A dedicação é tanta que a atriz já participou de diversas apresentações organizadas pela companhia. Acostumada com os palcos, ela garante que não tem vergonha, mas confessa sentir um certo nervosismo antes de cada espetáculo. “Não tenho medo de esquecer a coreografia, porque se isso acontecer é só olhar para o lado. Mas tenho medo cair e errar o passo”, finaliza.