Carlos Henrique Braga
Campo Grande foi escolhida por subsidiária brasileira de gigante norte-americana de informática para receber o novo centro de atendimento e reparos técnicos da companhia. O investimento, ainda não divulgado oficialmente, é de R$ 500 milhões. Por estratégia comercial, executivos da empresa, que estiveram ontem em reunião na prefeitura, pediram para que o nome da companhia fosse mantido em sigilo até o fim das negociações.
Eles disseram que a decisão ainda não foi tomada. Porém, em e-mail enviado à Secretaria de Desenvolvimento, em 28 de junho, o presidente da empresa no Brasil comunicou “com honra e satisfação” a escolha da Capital para construção do Centro de Gerenciamento Remoto de Serviços. O lugar deve empregar 100 pessoas no atendimento a usuários de serviços de tecnologia da informação de todo o País e desenvolvimento de software (programa de computador).
“É uma empresa muito grande, em um ramo inédito na Capital. Certamente será uma boa aquisição para os jovens e desenvolverá um setor importante”, analisou o vice-prefeito Edil Albuquerque, que recebeu os executivos, ao lado do secretário de Desenvolvimento, Natal Baglioni.
Negociação
No início das tratativas, em março do ano passado, a empresa pediu à prefeitura que facilitasse a negociação com sindicatos e apoio para formalizar acordos com universidades, uma vez que deve servir de porta de entrada ao mercado de trabalho para jovens profissionais. A Capital tem poucas opções de emprego nesse setor.
A multinacional pediu ainda incentivos fiscais e infraestrutura diferenciada para sua instalação. Em resposta, a secretaria ofereceu 250 metros quadrados junto ao Datacenter do Instituto Municipal de Tecnologia de Informação (IMTI), no Bairro Amambaí. A localização garante funcionamento dos equipamentos sem interrupção.
Também entrou no acordo a isenção dos impostos Sobre Serviços (ISS) e Predial e Territorial Urbano (IPTU), como manda a cartilha desenvolvimentista da administração.