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Mudança de faixa

Mudança de faixa

Redação

16/04/2010 - 20h49
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Arcângela Mota/TV Press

 

Apesar de ser da "velha guarda", Tarcísio Filho esbanja a mesma energia que caracteriza o elenco jovem de "Malhação ID". Sempre sorridente e com disposição de sobra – evidente no entusiasmo que revela ao se preparar para gravar –, o ator paulistano de 45 anos fala com satisfação de Paulo Roberto, seu personagem na novela adolescente. Na trama, ele vive um sério empresário que luta para colocar na linha o filho, o mimado protagonista Bernardo, interpretado por Fiuk. Após cinco anos sem fazer uma novela do início ao fim – a última foi "Chocolate com pimenta", exibida em 2004 –, o papel marca o retorno de Tarcísio aos folhetins. Mas fazer uma novelinha adolescente, ao contrário do que ele imaginava, não chega a representar um contato mais próximo com o público jovem. "Não sei se é por causa da minha idade, mas a galera não vem falar comigo. Acho isso muito curioso", estranha.

Tarcísio confessa que, quando recebeu o convite do diretor Mário Márcio Bandarra, imaginou que o personagem fosse tomar rumo diferente. Isso porque, no início da novela, a corrupção foi apresentada como um dos assuntos polêmicos da temporada. O tema, que seria tratado a partir de ligações obscuras de Paulo Roberto em sua empresa, acabou não se desenvolvendo. "Algumas características da proposta original se perderam. De qualquer forma, eu sirvo a uma função muito específica na história, que é ser pai", desconversa.

Apesar de empolgado com a oportunidade de voltar às novelas, Tarcísio não esconde sua preferência por atuar em minisséries. E foi nesse tipo de produção que fez seus papéis de mais destaque nos últimos anos, como o general Neto de "A casa das sete mulheres", o jornalista Orlando Lopes de "Amazônia, de Galvez a Chico Mendes" e o médico Rui em "Queridos amigos". "Acho uma delícia fazer minissérie. Sem dúvida, foram meus papéis mais marcantes. Nem sinto falta de personagens contemporâneos", derrete-se.

O ator, no entanto, lamenta que as minisséries já não tenham a mesma qualidade de antigamente. Para ele, as produções estão cada vez mais mecânicas e deixaram de ser um exercício criativo por parte dos diretores. "Virou um esquema absolutamente industrial", critica. Com 30 anos de carreira e passagens pela Manchete, SBT, Band e Globo, Tarcísio deixa claro que não está preso a lugar nenhum. "Vou para onde me chamam, para personagens legais. Quem não produz, só aceita propostas", avisa.

Sem formação teatral, Tarcísio é enfático ao afirmar que a tevê e o cinema são suas grandes paixões. O interesse pelos estúdios surgiu aos 15 anos, quando ele fazia um estágio na área técnica da Globo, que durou dois anos. E ele garante que o envolvimento com a carreira de ator não foi influência de seus pais, os atores Tarcísio Meira e Glória Menezes. Tudo começou quando ele resolveu expandir seus conhecimentos da área técnica para trabalhar também como ator, de forma a aprender sobre outro lado. "Só que eu comecei a gostar do negócio, fui ficando e estou até hoje", conta.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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