MS reduz em 46% vendas de gás naturaI
10 MAI 10 - 06h:13
Também influenciaram na redução do consumo do combustível em Mato Grosso do Sul testes feitos por algumas indústrias de médio porte, que ainda não começaram a operar, que já operam e estão implantando o sistema de gás ou que têm o gás como outra fonte de geração. “A Fibria, por exemplo, fez testes no mês em sua indústria. Isso faz aumentar o consumo e, como são apenas testes, ele não se mantêm alto, dando essa diferença entre um mês e outro”, exemplifica o presidente.
O grupo denominado “outros” na tabela da Abegás, que inclui empresas que usam Gás Natural Comprimido (GNC) e o Gás Natural Liquefeito (GNL), sendo que o último ainda não é usado no Estado, também apresentou diferença expressiva nas vendas entre fevereiro e março. Enquanto no primeiro foram consumidos 345,54 mil metros cúbicos por dia, no segundo foram apenas 99,88 mil − decréscimo de 71%.
Altas
Embora tenham ocorrido quedas significativas nos setores de geração elétrica e nas empresas que usam o GNC, outros setores tiveram altas, como o industrial, com 10,2%, cujo consumo passou de 158,98 mil metros cúbicos ao dia para 175,2 mil. O setor automobilístico também reagiu, com aumento da comercialização do Gás Natural Veicular (GNV) na ordem de 3,5%, atingindo 25,1 mil metros cúbicos por dia.
O de cogeração foi outro que avançou no período, revelando acréscimo pequeno, de 2,3% entre fevereiro e março, passando de 5,16 mil metros cúbicos para 5,28 mil. O setor comercial teve alta de apenas 1%, fechando março com a venda de 3,02 mil metros cúbicos. Já no residencial a MSGás manteve a comercialização de 610 metros cúbicos.
Expectativa
Mesmo com queda expressiva no início de 2010, a MSGás acredita que deve, nos próximos três anos, bater recorde nas vendas do gás natural em Mato Grosso do Sul. De acordo com Gonsales, a comercialização do combustível deverá dobrar nesse período por conta de novos empreendimentos confirmados no Estado.
O primeiro da lista é a instalação da empresa Eldorado Celulose, em Três Lagoas, que atualmente está em processo de construção no município e que deve, em 2012, consumir 180 mil metros cúbicos de gás natural por dia. “Fora isso, vamos negociar com outras indústrias que estão chegando em MS, inclusive a fábrica de fertilizantes da Petrobras”, disse. A empresa tem previsão de iniciar sua produção em 2014.