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MP crê em corrupção interna na Portuguesa

MP crê em corrupção interna na Portuguesa

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O procurador-geral do Ministério Público de São Paulo, Roberto Senise Lisboa, afirmou neste domingo, em entrevista a Milton Neves, da Rádio Bandeirantes, que existem fortes indícios de que alguém dentro da Portuguesa levou vantagem financeira com a escalação do atacante Héverton na última rodada do Campeonato Brasileiro.

 

“Há alguns indícios que apontam que alguém tenha ganhado dinheiro com isso (escalação irregular), sim. Isso é muito preocupante, porque revela que a máfia do futebol não influencia apenas o apito”, comentou o procurador-geral.

 

A Portuguesa perdeu quatro pontos por colocar o jogador Héverton nos minutos finais da partida contra o Grêmio. Com a punição, o time paulista caiu para a zona de rebaixamento e salvou o Fluminense da degola.

 

“Os indícios são fortes, as provas ainda estão em fase de construção, vamos dizer assim. É muito esquisito um clube afirmar que não sabia da suspensão do jogador apenas na última rodada do Campeonato Brasileiro, enquanto que nós só temos cinco casos na história do Campeonato Brasileiro que levaram à perda de pontos de clubes por escalação indevida de jogadores. Então são coisas que devem ser analisadas com o devido cuidado. É muito estranha a situação, realmente muito estranha”, acrescentou Roberto Senise Lisboa.

 

Segundo o procurador-geral, o técnico Guto Ferreira não teve qualquer culpa no caso. “É muito grave, porque há indícios de que realmente alguém do clube acabou obtendo uma vantagem, prejudicando a Portuguesa. Uma coisa é certa, o técnico Guto Ferreira não sabia do problema da escalação do jogador. Ao que tudo indica, houve um problema no meio do caminho da comunicação do clube.”

 

Com a perda dos pontos, Fluminense e Flamengo se salvaram da degola. O Rubro-Negro também perdeu pontos após o final do Brasileirão e estaria rebaixado se a Lusa não fosse punida. O MP, no entanto, ainda não tem provas suficientes para apontar quem teria pago pela escalação de Héverton.

 

“Não dá para antecipar ainda. Estou agora construindo todas as provas em torno do recebedor. Depois vamos para o pagador”, concluiu.

Esportes

Acusação apresenta recurso e diz temer por fuga de Daniel Alves da Espanha

Brasileiro foi solto após pagar R$ 5,4 milhões à Justiça Espanhola

26/03/2024 19h00

Arquivo

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A advogada da vítima de Daniel Alves, Ester García López, apresentou na segunda-feira (25) o recurso referente à soltura do brasileiro, concretizada após ele pagar R$ 5,4 milhões (1 milhão de euros).

O Ministério Público da Espanha também entrou com um pedido de anulação da liberdade provisória.

O principal ponto da acusação, no recurso, é a probabilidade de Daniel Alves fugir para o Brasil. 

O documento alerta que o risco de fuga continua iminente, uma vez que o brasileiro não tem vínculos suficientes com a Espanha e tem capacidade econômica para deixar o país a qualquer momento.

Daniel Alves tem um imóvel em Barcelona, mas, de acordo com a acusação, não comprova qualquer vínculo com a cidade. O brasileiro já disse que só viaja a Espanha para passar férias.

A apelação releva a importância da presença de Joana Sanz, esposa do brasileiro, que vive na Espanha; pontua que toda a família do jogador vive no Brasil, o que possibilitaria que ele fugisse para seu país de origem, abandonando o processo.

No recurso, a acusação relembra sequenciais decisões do Tribunal de manter a prisão preventiva de Daniel Alves -as duas últimas aconteceram três meses antes do julgamento, em 23 de novembro de 2023 e em 5 de dezembro de 2023.

Em ambas as datas, o Tribunal negou a liberdade provisória ao brasileiro, alegando que a proximidade à data do julgamento aumentaria as chances de fuga.

CONTRADIÇÃO

A apelação ressalta o que diz a lei espanhola sobre prisão preventiva: o tempo máximo em que um réu pode ficar preso preventivamente é dois anos, prazo que pode ser renovado se a pena do crime for superior a três anos.

Daniel Alves cumpriu 1 ano e dois meses de prisão, tendo ainda mais dez meses antes que seja julgada a necessidade de renovar a prisão preventiva.

O recurso afirma que todo o caso foi cauteloso para preservar a vítima e evitar, ao máximo, revitimizá-la, uma vez que o fato de ser uma história midiática por si só já o faz constantemente.

A soltura de Daniel Alves antes da decisão em segunda instância, havendo uma condenação em primeira instância, diz a acusação, revitimiza a mulher estuprada pelo brasileiro.

O documento aponta, ainda, que a decisão de liberdade mediante pagamento de fiança passa uma mensagem preocupante à sociedade: como se a condenação por um crime de estupro pudesse ser revogada com o pagamento de fiança.

Daniel Alves foi solto na manhã de terça-feira (25) e deixou a penitenciária de Brians 2 ao lado da advogada Inés Guardiola. Ele foi condenado em primeira instância a quatro anos e seis meses de prisão por estupro.

Campeonato Sul-Mato-Grossense

TJD multa médico do Costa Rica em R$ 15 mil após caso de injúria racial

O CREC também foi punido e perde dois mandos de campo

26/03/2024 17h26

Foto/ Reprodução

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O Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD/MS) puniu o Costa Rica com a perda de dois mandos de campo e o médico do clube, Marcus André dos Santos, acusado de racismo pelo árbitro Rosalino Sanca, a pagar R$15 mil. Ambas as decisões cabem recurso.

O caso, que ganhou forte repercussão, ocorreu na partida da primeira fase do Campeonato Sul-Mato-Grossense, no dia 3 de março, entre Costa Rica e Operário, no estádio Laertão.

Sanca atuava como quarto árbitro, quando em um momento de confusão, o médico do clube teria dito: "Esse neguinho gosta de confusão". 

O momento em que o árbitro Rosalino Sanca foi xingado foi filmado. Nas imagens, Sanca é visto pedindo a um funcionário que estava sentado na cadeira para sair da tenda destinada à arbitragem. A pessoa se levantou irritada e se retirou do local, citando as palavras: 'Por isso que ninguém gosta de você aqui'. Na sequência, o médico disparou ofensas ao árbitro.

De acordo com o documento analisado pelo TJD, sobre o episódio, o clube foi condenado no artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê multa de R$ 15 mil e punição de cinco jogos. 

Segundo o TJD, o Costa Rica tem até três dias para apresentar o recurso contra a decisão. Como o clube foi eliminado do Estadual, a punição deve ser cumprida em 2025. 

 

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