MICHELLE ROSSI
Anderson de Souza Moreno, 19 anos, dirigia a 110 km/h quando colidiu com o carro de Mayana de Almeida Duarte, 23 anos, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, no dia 14 de junho. O jovem estaria participando de um racha e o acidente resultou na morte da garota. A informação consta em laudo do local entregue para o delegado responsável pelas investigações sobre o acidente, Márcio Custódio, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.
No documento ainda consta a velocidade do carro de Mayana no momento: aproximadamente 40 km/h. Já a velocidade do carro de Willian Jhonny de Souza Ferreira, 25 anos, que estaria participando do racha com o amigo Anderson quando o carro de Mayana foi atingido, não está relatada em laudo, pois o carro não se envolveu na colisão. “O laudo traz informações baseadas na deformação dos veículos por conta da batida e marcas de frenagem nas vias. O que a gente suspeita é que o veículo de Willian estava numa velocidade um pouco menor do que o carro de Anderson”, disse o delegado.
Vítima
Após o acidente, Mayana ficou internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 12 dias, mas não resistiu e morreu. O delegado aguarda ainda o resultado de exames clínicos de embriaguez indireto dos três envolvidos. A Polícia Militar, que atendeu a ocorrência à época, relatou que Anderson aparentava estar bêbado e Willian depois confessou, em depoimento, que tinha bebido momentos antes do acidente. Eles não passaram pelo teste do bafômetro.
Investigações
Para complementar as investigações, os policiais fizeram varredura na região do acidente – que aconteceu no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua José Antônio – para localizar possíveis imagens de câmeras de segurança. Apenas uma imagem foi localizada, mas as imagens estavam com qualidade baixa.
No entanto, funcionários de prédios das proximidades do local afirmaram à polícia ter visto os carros, posteriormente identificados como de Anderson e Willian, disputando racha na Avenida Afonso Pena quando aconteceu a colisão contra o veículo de Mayana.
Também está nas mãos do delegado as informações sobre as ocorrências em que Anderson se envolveu antes do acidente que matou Mayana. Quando menor, ele provocou a morte de uma pessoa também em acidente de trânsito. Num outro episódio, sem morte, Anderson foi abordado por policiais por conduzir uma motocicleta cujo passageiro estava consumindo bebida alcoólica. Nos autos, há relatos de que Anderson dirige desde os 10 anos de idade quando pegava o carro do pai escondido. O delegado pediu prorrogação para finalizar o inquérito e ainda não há prazo para conclusão.