Política

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Mergulhe na cultura andina do Lago Titicaca

Mergulhe na cultura andina do Lago Titicaca

Redação

15/04/2010 - 03h22
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O Lago Titicaca está incrustado entre Peru e Bolívia, a 3.800 metros acima do nível do mar, e é o ponto mais baixo do altiplano andino. As várias ilhas têm diferentes comunidades relativamente intactas, graças ao esquecimento e isolamento geográfico. Os habitantes raras vezes saem das ilhas, mas recebem curiosos de todo o mundo. Recomenda-se conhecimento de algumas palavras no idioma local (Aymara ou Quechua) e leve alguns alimentos como forma de ajudar e agradecer a acolhida dos habitantes. Nas ilhas não há hotéis, nem pensões.

No passado, o povo dos Uros desenvolveu um refúgio para evitar conflitos com os Incas: as “Islas Flotantes”, e ali permaneceram despercebidos. E quando havia disputas entre os próprios Uros, dividiam as ilhas em duas ou tres partes. A “totora”, o junco que pode chegar até aos 15 m de altura, serviu como material construtivo de quase tudo: casas, hospital, escola e a base das ilhas (suporte das casas). As ilhas seguram-se, presas em vários pontos com cordéis a fundações (de estacas e blocos de terra) submersas até 2 metros de profundidade. Isso permite-lhes flutuar, como se fossem uma grande jangada.

O chão é feito com duas camadas de totora perpendiculares e, por cima, estão os “edifícios”. É relaxante andar num chão que se afunda quando se pisa. A totora traz mais vantagens terapêuticas: limpa a água, filtrando-a, situação muito favorável quando não existe rede de água potável e rede de saneamento como ali.

Os descendentes dos Uros subsistem da pesca da truta e alguma agricultura. Em vez de usarem o dinheiro, trocam. A rotina aparece ilustrada (bordada) nos tecidos coloridos que os habitantes se esforçam para vender. A ilha de Amantini integra parte do circuito dos guias e turistas como lugar para pernoitar. Só que as condições de vida daquela gente são tudo menos turísticas: os melhores quartos que têm em casa são para os visitantes, os únicos com estuque pintado e janelas. O resto da casa não é assim, não há camas para todos. O quarto de banho é de 2 metros quadrados, e fora de casa, com um buraco central no chão. Não há esgotos (só uns canais de escoamento), não há pavimentos ou luz.

Uma das famílias que acolhe turistas corresponde aos pais e sete filhos, entre eles a Soledad, guia que inicia tour pelo alto do morro. Com ela cumpri-se ritual obrigatório: turistas encaram subida no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, para observar a vista sobre o lago em silêncio, junto ao cemitério. No cume, o frio corta, mas a paisagem aquece a alma. No jantar, a comida do cotidiano local é à base de alimentos seculares: quinoa - o “arroz dos Andes”, papa (a batata é originária do Titicaca, foi “importada” para o resto do continente e do mundo), camote (batata-doce), com chá de muña (erva local muito aromática, boa para a altitude).

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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