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Mercedes lança primeiro híbrido do Brasil e versão especial do Smart

Mercedes lança primeiro híbrido do Brasil e versão especial do Smart

Redação

09/07/2010 - 20h29
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Paulo Cruz com Autopress, São Paulo

Demorou. Mas, afinal, o Brasil entra para o seleto grupo de países que vendem carros híbridos, aqueles que funcionam com um motor elétrico e outro a combustão (gasolina) conjugados. O modelo que chega por aqui, inaugurando o segmento, é para poucos bolsos. O Mercedes-Benz S400 Hibrid custa US$ 253,5 mil – aproximadamente, R$ 460 mil.
O sofisticado sedã tem um complexo sistema que coordena um motor V6 com outro elétrico e custa US$ 253,5 mil – aproximadamente, R$ 460 mil.
No mesmo dia em que o S400 Hibrid foi apresentado, a Mercedes lançou também o Smart mhd. A versão vem sempre na cor “amarelo-canário” com uma faixa vertical trazendo um detalhe da bandeira brasileira sobre insólitas seis estrelas – cinco cheias e uma tão vazia quanto a promessa de título da seleção de Dunga. O preço oficial é de R$ 49.900. Mas a encomenda foi de 300 unidades e apenas 75 delas foram comercializadas nas três semanas anteriores à eliminação. Ou seja: são grandes as chances dos 225 Smart mhd restantes entrarem em promoção.
Mesmo sem prever qualquer desconto, a Mercedes buscou formar um preço atraente para o Smart. Mas a principal preocupação era obter bons índices de economia, até para justificar o principal argumento de marketing. Para isso, usa pneus de menor atrito, teve o peso aliviado em 20 kg e a potência do motor 1.0 foi reduzida de 84 cv para 71 cv na versão mhd, de micro hybrid drive ou micromovimentação híbrida. A sigla se refere ao sistema que gerencia o mecanismo start-stop do Smart – que está presente também no S400h. O mhd consiste em um gerador coordenado por uma série de sensores que substitui o motor de partida e o alternador. É ele quem permite o liga e desliga a cada imobilização do veículo. Apenas este sistema promove uma economia de até 8% no uso rodoviário e 20% no uso urbano. Segundo a Mercedes-Benz, ele é capaz de cumprir a média de 19,8 km/l no Smart mhd “Brazilian Edition”.
No caso do S400h, o sistema mhd funciona como um adicional ao sistema Hybrid, bem mais complexo. O motor a gasolina é o mesmo que equipa a E350, por exemplo. Trata-se de um 3.5 V6 de 279 cv de potência e 38,3 kgfm de torque entre 2.400 e 6 mil giros. Já o propulsor elétrico, que fica acoplado ao eixo que liga o volante do motor à caixa de marchas, fornece apenas 20 cv. Ou seja, agrega pouco mais de 7% de potência. Por outro lado, ele injeta nada menos que 16,3 kgfm, ou 42,5% de torque a mais no sistema. A diferença fica evidente nas arrancadas e retomadas, quando o sistema hybrid potencializa ou economiza o trabalho do motor a combustão. No total, o trem de força trabalha com 299 cv de potência e 54,6 kgfm de torque. Com esta margem de força e em conjunto com o sistema mhd, o S400h fica 19% mais econômico que o S350, que usa o mesmo propulsor V6, mas sem o sistema Hybrid.  A Mercedes pretende emplacar até o final do ano 60 unidades do S400h, ou cerca de 10 a cada mês.

Ao volante
Estar no comando de um Mercedes Classe S é bem divertido. Mas dirigir uma S400h é bem mais. Na hora em que os 16,3 kgfm de torque extras do motor elétrico são injetados, de uma só vez, todos a bordo recebem um “coice”, devidamente amortecido pelo bancos, que mais parecem poltronas – os dianteiros têm, além de todas as regulagens possíveis, aquecedor e massageador de costas. Em números apontados pela marca, o zero a 100 km/h é cumprido em 7,3 segundos e a máxima fica nos 250 km/h graças ao limitador eletrônico de velocidade. O motor 3.5 V6 é gerenciado por um câmbio G7-Tronic, de sete marchas, com mudanças através de borboletas no volante.
A personalidade agressiva do S400h durante as acelerações e retomadas faz até esquecer que se está a bordo de um carro tradicionalmente sóbrio e conservador. Mas basta enfrentar situações mais corriqueiras, como trânsito urbano ou velocidade de cruzeiro numa rodovia, para o velho caráter do sedã alemão reaparecer: o mundo fica do lado de fora, quase incomunicável, isolado por uma capa de silêncio e conforto. 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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