Eduardo Miranda
Se a expectativa é a mãe da decepção, a Copa do Mundo da África do Sul, que nesta semana entra em sua reta final, já começa a contabilizar os principais fracassos individuais da competição. São muitos, e as causas foram péssimo rendimento dos atletas e suas lesões, ou a soma de ambas.
Na lista dos fiascos estão estrelas do futebol mundial que já ganharam inclusive o prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo, como o argentino Lionel Messi, o brasileiro Kaká, o português Cristiano Ronaldo e o italiano Fábio Canavarro. Outros jogadores que fazem sucesso na Liga dos Campeões da Europa, como o camaronês Samuel Eto’o, o marfinense Didier Drogba e o inglês Wayne Rooney também não brilharam, como era esperado, no torneio da Fifa.
Sem gols
Campeões de publicidade, Lionel Messi, do Barcelona, Kaká, do Real Madrid e Wayne Rooney, do Manchester United foram embora da África do Sul sem tem marcado um gol sequer.
O argentino, detentor do status de melhor do mundo, teve um bom início de Copa do Mundo, mas a partir da segunda fase, com a forte marcação sofrida, acabou anulado pelas seleções adversárias, e não criou as jogadas de efeito da Argentina. No sábado, na derrota contra a Alemanha, por exemplo, com pouca liberdade, Messi não conseguiu demonstrar sua genialidade.
Outro jogador que já foi melhor do mundo, Kaká, encarou a Copa como o passaporte para o seu renascimento. O atleta que convive desde o ano passado com uma séria lesão no púbis e ficou meses sem jogar por seu clube, o Real Madrid, até que se recuperou fisicamente nos jogos da seleção brasileira, mas foi prejudicado pela instabilidade psicológica. Contra a Costa do Marfim, na primeira fase, Kaká teve a terceira expulsão de sua carreira.
Cristiano Ronaldo, por sua vez, até que marcou gols contra a Coreia do Norte, mas isso não foi suficiente para que ele justificasse a fama de principal companheiro de Kaká no Real Madrid, e garoto propaganda do mundo do futebol. Nas oitavas de final contra a Espanha, o português ficou com a fama de ter jogado mais para as câmeras de tv em alta definição, do que para o triunfo de sua equipe.
Vexames
Pelo conjunto da obra, os primeiros - e maiores - vexames desta Copa do Mundo pertencem às seleções de França e Itália, finalistas do mundial passado. Os franceses, após uma série de desentendimentos internos que ganharam às manchetes de todo o mundo, foram os últimos colocados do grupo A na primeira fase. A Itália, com uma equipe veterana e aparentemente cansada e cheia de lesões, também não passou da fase de grupos, e não venceu nenhum jogo sequer.