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Marqueteiros entram em ação na campanha em MS

Marqueteiros entram em ação na campanha em MS

Redação

20/07/2010 - 07h21
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Maria Matheus

Os marqueteiros dos dois principais candidatos ao Governo do Estado entram em ação para esquentar a campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul. Ontem, o publicitário paulistano Toni Cotrim chegou a Campo Grande para dar as diretrizes da campanha de José Orcírio Miranda dos Santos (PT). O jornalista e marqueteiro Chico Santa Rita desembarca na Capital esta semana, possivelmente quinta-feira. Ele pretende fechar os últimos detalhes da negociação com o governador André Puccinelli (PMDB), para assumir a coordenação de marketing.

Não será a primeira vez que os dois marqueteiros trabalham para candidatos rivais. Eles se enfrentaram no segundo turno das eleições presidenciais de 1989, quando Fernando Collor de Mello derrotou Luiz Inácio Lula da Silva. Chico Santa Rita dirigiu a campanha de Collor. Naquele ano, Cotrim participou da coordenação de comunicação da campanha de Lula, marcada pelo jingle “Lula Lá”.

Foi de Santa Rita a polêmica decisão de divulgar na propaganda de Collor, na última semana do horário eleitoral gratuito, o depoimento da ex-namorada de Lula, Miriam Cordeiro, mãe de uma filha do petista. No vídeo, hoje disponível na internet, Miriam afirma que o então candidato terminou o namoro durante a gravidez e sugeriu aborto. Ela também dizia que o petista era racista e não gostava de negros. “O que acontece é que a vida de um homem público é pública. Se o homem público não quer que as coisas venham à tona, ele que não cometa coisas erradas”, defende Santa Rita.

Para o marqueteiro, resgatar fatos pessoais do passado do candidato adversário continua sendo uma fórmula que pode dar certo, desde que sejam verdadeiros. “É uma questão de oportunidade, de existir o fato real e de ele poder ser usado”, disse.

Experiência
Os marqueteiros dos dois principais candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul ostentam currículo de peso. Chico Santa Rita acumula mais de 30 anos de experiência em marketing político. Além de Collor, ajudou Orestes Quércia a se eleger governador de São Paulo, em 1986. Também foi responsável pelas estratégias de marketing do então candidato a presidente Ulysses Guimarães, no primeiro turno da eleição de 1989.

Fez, ainda, as campanhas em favor do presidencialismo no plebiscito sobre o sistema de governo em 1996 e pela liberação do comércio de armas e munições, no referendo de 2005.

Cotrim, por sua vez, além de trabalhar para Lula na disputa de 1989 e de 1998, coordenou a campanha de Luiza Erundina para a prefeitura de São Paulo, em 2004; Orestes Quércia para o Senado, em 2002, e para o governo de São Paulo, em 2006. Fez assessoria de comunicação para o presidente da Bolívia, Evo Morales, no referendo de 2008, quando os bolivianos decidiram mantê-lo no poder. 

Dessa vez, o desafio de Cotrim será quebrar a hegemonia de Santa Rita em Mato Grosso do Sul, onde dirigiu sete campanhas, seis vitoriosas. Santa Rita traçou as estratégias que levaram Puccinelli à prefeitura em 1996, quando derrotou Orcírio por 411 votos. Também coordenou a campanha pela reeleição do peemedebista em 2000 e para o Governo em 2006. Santa Rita coordenou, ainda, duas campanhas de Nelsinho Trad (PMDB) para  prefeito da Capital, uma de Braz Melo, para a prefeitura de Dourados (1996) e uma de Ricardo Bacha, derrotado por Orcírio no segundo turno, em 1998. 

Cotrim deve permanecer no Estado até a eleição. Santa Rita prestará consultoria para a campanha de Puccinelli – deve vir a Mato Grosso do Sul duas a três vezes por mês. Ele também coordenará outra campanha, mas preferiu não informar o nome do candidato que o contratou. Além disso, terá de se preocupar com a sua própria eleição. Chico Santa Rita é candidato a deputado federal em São Paulo, pelo Partido Verde (PV).

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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