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Mais uma taxa

Mais uma taxa

WAGNER LUIZ FIGUEIREDO DA SILVA, CURIANGO, COM MUITO ORGULHO

26/03/2010 - 05h47
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As vezes, dá vontade de ser anarquista! O poder público, nos provoca! Senão, imaginemos o seguinte diálogo, entre um burocrata, naturalmente em cargo comissionado, e seu chefe. _Chéééfe, chefiiiiiiiinho, veja só o que descobri! Podemos empurrar mais uma taxa, nesses tais curiangos!!! Curiango, para os leigos, é a forma jocosa como são tratados os motoristas de táxi que não são donos de seu próprio carro, e, pelo fato de a gra de maioria trabalhar diuturnamente, a alcunha é um comparativo aos hábitos da notívaga ave. E, a taxa em questão, salvo melhor juízo, é um tal de ISS, ou ISSQN, ou o raio que o parta! Acontece, que os donos de carro, ou permissionários, como queiram, já PAGAM tal tributo. Sendo assim, tal arrocho da prefeitura, pelo menos não nos foi explicado, nem sua finalidade. Bom, deve ser para manter o tapete asfáltico que recobre nossa bela Morena. Tentei obter junto a Agetran, o por que do imposto, já que sem seu recolhimento, não é possível a revalidação anual da carteira de condutor auxiliar. Resposta de um energúmeno, que não portava crachá de identificação: Se quisé (sic), vai se assim, sinão num vai te carterinha! Chega de mamata! Estupefato, cheguei a conclusão, que tal orgão, deve seguir uma cartilha, mais ou menos assim, no que se refere aos condutores auxiliares de veículo táxi, doravante identificados como curiangos: Art. 1’ O curiango não tem direito algum! Art. 2’ O curiango não pode abusar do direito que tem! Art. 3’ Mediante a hipótese de o curiango ter algum direito, entram em vigor imediatamente, os artigos 1 e 2!!! Não é de agora, o tratamento diferenciado que existe entre iguais, principalmente na Agetran, em se referindo aos taxistas. Acredito que a grande maioria já sentiu na pele, seja para se vincular ou desvincular de um veículo, ou em fiscalização nos locais de serviço. Claro, não é uma regra, são exceções, como em qualquer atividade. Mas, via de regra, são usados dois pesos e duas medidas. Recentemente, fomos convocados a, por livre e espontânea pressão, efetuar recolhimento do INSS, para o nosso ”próprio bem”, segundo a referida agência, sob pena, obviamente, de ser impedido de trabalhar. Agora, mais um tributo. Somados ambos, para uma classe já pressionada por diversos fatores, brevemente, ficará inviável a atividade. Benefícios, adivinhem apenas para quem... Não estamos posando de coitadinhos, nem queremos a piedade de ninguém. Apenas nos respeitem. Não somos vacas de presépio, nem adeptos da ”velhinha de Taubaté”, aquela que acreditava que o governo estava sempre certo! Se existe embasamento legal para terrorismo fiscal sobre nossa classe, que nos mostrem! Sendo de lei, pagaremos, mesmo sabendo que não teremos, como a maioria da população, retorno decente por impostos pagos. Mas, como dito no começo, devagar com o andor, que o santo é de barro. Mais dia, menos dia, o caldeirão explode. Pra bom entendedor, um pingo é letra ”Deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar”. (Marcelo D2)

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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