Política

Líbia

A+ A-

Liderança opositora líbia condena postura do Brasil

Liderança opositora líbia condena postura do Brasil

Continue lendo...

Brasil e os países emergentes que vêm se posicionando contrários à intervenção militar internacional na Líbia foram alvo de críticas de uma das lideranças dos insurgentes que desejam derrubar o ditador Muammar Kadafi do poder. Um dos dirigentes da Liga dos Direitos Humanos da Líbia, Alie Zeidan, afirmou nesta sexta-feira em Paris que "não aceita" que os países se oponham à reivindicação de ajuda feita pelo povo líbio, na expectativa de pôr fim à violência no país.


"Nós lembramos que essa intervenção vem de um apelo feito pelo povo líbio à comunidade internacional. Kadafi está matando civis, promovendo um genocídio contra o seu próprio povo. É por isso que não admito a postura que o Brasil teve", afirmou Zeidan, em resposta a uma pergunta feita pelo Terra durante uma coletiva de imprensa, na qual falou para jornalistas estrangeiros, na capital francesa. "Essa postura é inaceitável", disse, exaltado, o defensor dos direitos humanos na Líbia. Zeidan ocupa também o cargo de porta-voz na Europa do Conselho Nacional de Transição, governo provisório instalado pelos rebeldes de Benghazi, no leste da Líbia e onde a revolta popular ganhou força no país.
 

O Brasil, assim como a China, a Rússia, a Alemanha e a Índia, se absteve da votação da resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, que autorizou a intervenção militar internacional na Líbia para instaurar uma zona de exclusão aérea no país e impedir que Kadafi continue bombardeando a própria população. Poucas horas após a partida do presidente americano Barack Obama do Brasil, onde realizou visita oficial no final de semana passado, a presidente Dilma Rousseff pediu o cessar-fogo na Líbia e uma "solução pacífica" para o conflito.
 

O líder insurgente explicou que não considera a intervenção militar promovida pela coalizão internacional - liderada por Estados Unidos, França e Inglaterra - como uma ingerência nos assuntos internos líbios. "Poderia ser visto desta forma se estivéssemos vivendo uma situação estável. Mas a situação real é outra, de crimes sucessivos contra a humanidade, e uma reação a isso não precisa de muita reflexão ou filosofia. Ela é necessária."


Zeidan - que está na França para articular conversas com dirigentes e organizações internacionais - ponderou que "compreende que o Brasil seja favorável a uma via diplomática", mas considera que os brasileiros e demais emergentes parecem não ter compreendido a dimensão da violência que tomou conta da Líbia. De acordo com a Liga de Direitos Humanos no país, entre 6 e 12 mil pessoas já morreram desde o início dos confrontos, em 17 de fevereiro.
 

"Acho que vocês, o Brasil, a Rússia e a Índia, não viram direito todos os crimes e genocídios que foram cometidos na Líbia", disse o representante do CNT, para quem a aprovação da resolução da ONU era uma obrigação da comunidade internacional. "Todos os meios diplomáticos foram tentados por quase um mês, sem sucesso. Não havia outra alternativa a não ser a intervenção."
 

Ele ainda afirmou que, se a resolução não tivesse sido aprovada, o ditador teria continuado a usar todos os meios possíveis para calar as vozes contrárias ao regime.
 

Projetos para a Líbia pós-Kadafi


Zeidan explicou que o Conselho Nacional de Transição já se prepara para a era pós-Kadafi: inicialmente, uma comissão vai apresentar uma proposta de Constituição para o país, amparo legal que não existe atualmente. Em seguida, eleições democráticas para o Parlamento serão convocadas, segundo ele, e os futuros deputados analisarão o texto constitucional, que deverá ser aprovado pela população através de um referendo. O representante rebelde garante que o levante popular contra o ditador almeja um Estado democrático e laico.
 

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional


Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.


A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

Continue Lendo...

O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

Assine o Correio do Estado

 

 

 

 

Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

Continue Lendo...

O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).