Os recursos do Fundo Constitucional do Centro- Oeste (FCO) liberados para 2010 em Mato Grosso do Sul devem ser 59% superiores ao montante inicial previsto para o ano passado. De acordo com o Banco do Brasil (BB) a previsão é de que sejam aplicados cerca de R$ 955 milhões em projetos do setor empresarial e ainda custeio e investimentos para o rural. Em 2009 foram R$ 600 milhões que, mais tarde saltaram para R$ 814 milhões atendendo a 10.583 contratações. A ampliação do montante também pode ocorrer neste ano, pois o fundo é alimentado, além de recursos do Tesouro Nacional, Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por retorno de operações e aplicações no mercado financeiro das verbas que não estão sendo utilizadas momentaneamente. Assim, o valor inicial pode ter acréscimos durante o ano por conta de juros e ganhos de capital dessas operações. No ano passado, o setor rural foi o que mais utilizou os recursos do fundo, totalizando R$ 502 milhões em investimentos, contra R$ 312 destinados ao empresarial. Já neste ano, o valor disponibilizado será dividido em duas partes iguais para atender aos segmentos empresarial e rural. Serão cerca de R$ 478 milhões para cada um. Segundo o analista do Banco do Brasil, José Luiz dos Reis, o setor rural não obteve nenhuma contratação em custeio agropecuário, embora o FCO aceite esse tipo de operação, já que o fundo abrange financiamentos de custeio e investimento. “O que ocorre é que esta não é uma prioridade já que existem linhas de crédito, como as de recursos controlados, que têm juros mais atrativos ao contratante - de 6,75%, por exemplo”, explica. Dos R$ 502 milhões que incrementaram a agropecuária em 2009, conforme Reis, cerca de R$ 82 milhões foram aplicados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e em projetos da Reforma Agrária. A maior parte do montante, R$ 420 milhões, foi para financiamentos de aquisição de máquinas agrícolas, compra de matrizes, reforma de pastagens e melhorias na atividade em geral. Cerca de R$ 147 milhões do FCO tiveram como destino as indústrias; outros R$ 10 milhões foram para as obras de infraestrutura; R$ 30 milhões para o turismo e, aproximadamente R$ 125 milhões em projetos na área de comércio e serviços. 2010 Neste ano, o setor rural terá disponível R$ 95 milhões para o Pronaf e Agricultura Familiar e cerca de R$ 383 milhões destinados à compra de maquinário, reforma de pastagens, aquisição de matrizes e demais melhoramentos na atividade rural. Já o empresarial contará com R$ 224 milhões para a indústria, cerca de R$192 milhões para comércio e serviços, R$ 32 milhões para infraestrutura e ainda mais R$ 30 milhões para o turismo