Preso por furto em Rio Brilhante, o acusado de roubar e matar o taxista douradense Silas Soares Leite, 60 anos, será transferido para Dourados. Trata-se de Adonilso Canteiro da Silva, de 22 anos, morador em Rio Brilhante, conhecido como "Brinquinho" ou "Paraguai". O assassinato aconteceu no dia 3 de dezembro do ano passado, mas a polícia só localizou o corpo no dia seguinte, por volta das 13h. A vítima saiu para para fazer uma corrida.
A localização do acusado, aconteceu em decorrência de um trabalho em conjunto entre a Delegacia da Fronteira (Defron) e o Serviço de Investigações Gerais (Sig) sob o comando da delegada Andréia Alves Pereira.
Em entrevista coletiva, na tarde de ontem, ela revelou detalhes do crime. Segundo a delegada, nestes últimos seis meses não houve parada nas diligências acerca do caso. Ela enfatizou o apoio do Sig, Defron, Ministério Público e poder judiciário. Para a delegada, as investigações que chegaram até o acusado seguiram o "rastro" dele. "Não existe crime perfeito".
Ela disse que ele tem passagens pela polícia por outros crimes e deverá responder por latricínio, sugeito a penalidades que vão de 20 a 30 anos de prisão.
Acusado
Adonildo disse ao site Dourados Agora que não conhecia a vítima. Ele teria saido de casa com o intuito de roubar um veículo. Colocou uma faca na cintura, chegou na Rodoviária de Dourados e escolheu um taxista para aplicar o roubo.
O acusado lembrou que mentiu que tinha um contato numa usina, desceu do carro, voltou e pediu para a vítima levá-lo até o local do crime, alegando que lá estaria a pessoa no qual procurava.
Ao chegar no local, anunciou o assalto. A vítima reagiu e houve luta corporal. Ele agrediu o taxista até ele ficar desacordado. Em seguida resolveu fugir com o veículo.
Durante a fuga, ele "furou" uma barreira do Depertamento de Operações de Fronteira (Dof) na MS-280, que liga Laguna Carapã a BR-463. Houve perseguição, mas o acusado fugiu. Em Laguna Carapã, um dos pneus do veículo roubado furou, o que obrigou o acusado a abandoná-lo. Uma Equipe do Dof e PRF, encontraram o carro e iniciaram as investigações sobre o crime.
O corpo do homem foi descoberto por funcionários de uma usina, que telefonaram para a polícia, que foi até o local e identificou o taxista desaparecido. O corpo estava caído no meio do mato nas imediações do Praia Clube, entre o trevo do Hospital Universitário (HU) e Laguna Carapã.
No local, a delegada Andréia Alves Pereira e o perito (Everaldo) encontraram uma faca pequena cerca a pelo menos cinco metros do corpo. No rosto de Silas Soares existiam hematomas o que leva a crer que houve luta corporal e agressão com uma barra de ferro ou de pau.
O veículo do taxista, um carro Vectra, modelo e ano 2010, placas HTT 4404 de Dourados foi recolhido para o posto policial, logo que encontrado abandonado.