Depois da influência do fenômeno climático El Niño a partir do segundo semestre de 2009, influenciando o clima no Brasil praticamente até os dias de hoje, agora será a vez de o La Niña provocar alterações no clima alternando o atual quadro e influenciando no desenvolvimento da agricultura. O primeiro período, do El Niño, foi de mais umidade, mais precipitações, uma consequencia da elevação da temperatura da água do Oceano Atlântico.
Já o fenômeno climático La Niña, que esteve presente durante todo o inverno do ano passado e voltou a atuar em junho desse ano, é possível observar um processo de resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial, indicando o retorno do fenômeno La Niña e alterações no clima já na próxima Primavera. De acordo com a Somar, o resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial deve aumentar gradativamente durante esse inverno, com o La Niña completamente configurado durante a primavera permanecendo durante o verão 2011. Como consequência desse outro fenômeno, a expectativa é de períodos mais secos. Segundo Paulo Etchichury, sócio diretor da Somar, a previsão é de um episódio de intensidade moderada a forte e deve durar pelo menos até o outono de 2011.
Segundo a Somar, o último La Niña ocorreu no Verão 2007/2008. Porém, dadas as características como intensidade, rapidez na formação e provavelmente duração, o episódio desse ano está muito semelhante com o observado no segundo semestre de 1998 e verão 1999. Durante o segundo semestre de 98 houve atraso no retorno das chuvas. Em algumas regiões, a chuva até ameaçou voltar, mas foi interrompida. De maneira generalizada, é possível descrever a etapa como um período de muitos veranicos (períodos sem chuva), que influenciaram na implantação e desenvolvimento das lavouras de verão.