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Justiça impede dois vereadores de votarem cassação nesta sexta-feira

Justiça impede dois vereadores de votarem cassação nesta sexta-feira

antônio Viegas, de Dourados

17/03/2011 - 16h37
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O juiz João Mathias Filho em substituição na da 6ª Vara Cível de Dourados, determinou o impedimento dos vereadores Gino José Ferreira (DEM) e Dirceu Aparecido Longhi (PT), de votarem na sessão de cassação do vereador afastado Paulo Henrique Bambu (DEM), agendada para as 9hs desta sexta-feira.

A Justiça entendeu que os três são réus no mesmo processo penal que motiva o julgamento de cassação de Paulo Henrique. A decisão judicial, mesmo que em forma de tutela antecipada, pode abrir precedente e comprometer as cassações já efetivadas e as que ainda estão por vir.

A participação de Gino Ferreira e Dirceu Longhi no processo de cassação de nove vereadores presos na Operação Uragano, por quebra de decoro parlamentar, vem sendo questionada deste o início da formação das comissões processantes.

Os dois, como já citado pelo Correio do Estado por várias vezes, só não foram presos a exemplo dos demais, mas são réus com acusações semelhantes na mesma ação penal e estariam votando, condenando ou absolvendo, acusados de integrarem a mesma organização criminosa desarticulada pela Polícia Federal.

No julgamento que ocorreu na ultima quarta-feira, quando foi cassado Junior Teixeira (PDT),fazendo sua própria defesa o então vereador solicitou à mesa da Câmara o impedimento de Gino e Dirceu, por conta das acusações que pesam também sobre eles. A Mesa entendeu que eles deveriam participar das sessões e votar.

Júnior teve o voto de ambos, favorável à cassação. O mesmo aconteceu na sessão que cassou o ex-vereador Marcelo Hall (PR) e ontem o ex-vereador Júlio Artuzi (PRB). A decisão é válida apenas para o julgamento de Paulo Bambu, previsto para as 9hs da manhã de hoje, já que ele é o autor do pedido.

Em tese, se essa tutela apresentasse efeito retroativo, dois vereadores já cassados, Marcelo Hall, o Marcelão, e o próprio Junior Teixeira, poderiam ter a sessão cancelada, com possibilidade de reaver seus mandatos. O Regimento Interno da Câmara prevê a necessidade de dois terços dos votos para efetivar a cassação.

Como são 12 vereadores, seriam necessários oito votos. No caso de Junior e Marcelão, três vereadores não votaram por participarem da mesma coligação, o que significa que foram nove favoráveis. Com o impedimento de Gino e Dirceu o número de votos não seria suficiente para tirar o mandado deles.

A Assessoria Jurídica da Câmara informou que irá recorrer da decisão e que até a noite de ontem deveria convocar dois suplentes para participar da sessão de julgamento, que seriam Alan Guedes (DEM) e José Silvestre (PT).

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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