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Juiz-prefeito faz demissões e lacra portas de secretarias

Juiz-prefeito faz demissões e lacra portas de secretarias

Redação

07/09/2010 - 21h02
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Antonio Viegas, de Dourados

O juiz de Direito Eduardo Machado Rocha, prefeito interino de Dourados, demitiu secretários e mandou lacrar as portas de várias secretarias no Centro Administrativo Municipal (CAM), para iniciar auditoria. Mesmo sendo ponto facultativo, Rocha convocou ontem todos os servidores para comparecer à prefeitura e colocou em prática uma série de medidas administrativas anunciadas na sua posse.
A primeira agenda do juiz-prefeito foi reunir secretários, que restaram da administração do prefeito preso Ari Artuzi (PDT), não envolvidos no esquema de corrupção e ainda pessoas convidadas por ele para auxiliá-lo durante o tempo em que permanecer à frente do cargo. Os primeiros anunciados, já no dia da posse, foram Eleandro Passaia, que continua na Secretaria de Comunicação e Governo, e Mário Eduardo Rocha, na Saúde.
Ontem o juiz convidou também para permanecer na Secretaria de Agricultura o agrônomo Maurício Peralta e oficializou os nomes do delegado de polícia aposentado, Carlos Alberto Farnesi como chefe de Gabinete do prefeito; o engenheiro Paulo César dos Santos Figueiredo, para a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos; Francisco Eduardo Custódio, para secretário de Administração, e João Azambuja, na Secretaria de Receita e Finanças.
Devem sair ainda as nomeações do suplente de vereador Idenor Machado e também foi cogitado o nome do engenheiro Dirson Missio para a Secretaria de Planejamento e Obras, e do advogado Adilson Josemar Puhll para ocupar o cargo de procurador-geral do município. Tanto Dirson quanto João Azambuja já fizeram parte do quadro de secretários de Ari Artuzi e foram exonerados no decorrer da administração.
Eduardo Machado falou, também, sobre algumas mudanças, principalmente relacionadas às demissões e critérios de contratação, pelo menos para setores da prefeitura, além da forma como é feita a escolha de beneficiários da casa própria. No primeiro caso, o prefeito deixou a cargo dos secretários para escolher quem será exonerado dos cargos de confiança, levando em conta a indicação política e o serviço desempenhado.
Outra colocação feita pelo prefeito interino é com relação aos cargos de comandante da Guarda Municipal e do procurador-geral do Município. O juiz anunciou que deve promover alterações, permitindo que apenas funcionários concursados possam assumir essa função a partir do próximo ano. Além disso, ele anunciou que pretende mudar a forma como são escolhidos os beneficiados no programa de habitação popular, para evitar escolha política.

Lacradas
Ontem pela manhã, depois de reunir os secretários restantes e anunciar os novos titulares, o juiz determinou que a Guarda Municipal colocasse um lacre nas portas de praticamente todas as secretarias localizadas do CAM. Esse seria o primeiro passo para que seja feita uma devassa em todos os documentos, que ele próprio já colocou a disposição da Polícia Federal.

STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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Política

Vereadores votam em sessão desta quinta-feira nomeação de membros dos conselhos de Campo Grande

A nomeação é referentes ao 1º semestre de 2023.

17/04/2024 18h36

Divulgação/ Câmara Municipal

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Nesta quinta-feira (18), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande devem analisar projetos e dois ofícios do Poder Executivo Municipal que tratam da nomeação de membros para conselhos regionais, municipais e tutelares em funcionamento neste município, referentes ao 1º semestre de 2023.

Durante a sessão, os parlamentares devem debater o Projeto de Lei Complementar nº 820/22, de autoria do vereador Prof. André Luis, que propõe alterações na Lei Complementar nº 392, de 11 de agosto de 2020, a qual trata do sistema de posse responsável de cães e gatos em Campo Grande. Também serão discutidas as regras de registro, penalidades e infrações.

Em seguida, os vereadores discutirão e votarão em segunda sessão o Projeto de Lei nº 11.159/23, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro, que propõe a instituição da Semana Municipal de Sensibilização sobre a Perda Gestacional, Neonatal e Infantil.

Logo após, em primeira discussão e votação, será analisado o Projeto de Lei nº 11.162/23, proposto pelo vereador Papy, que busca instituir no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande-MS a "Feira Científica" e tratar de outras providências.

 

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