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Joias raras

Joias raras

Redação

18/05/2010 - 20h04
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THIAGO ANDRADE

De templo das musas na Grécia Antiga a espaços destinados a recolher, conservar e pesquisar objetos de todos os tipos ligados à história e à cultura dos povos, os museus sempre ofereceram espaço para a pesquisa e para a conservação da memória. Embora seja um conceito muito abrangente, as instituições museológicas armazenam desde obras de arte a artefatos arqueológicos, incluindo documentos e objetos de história natural, como insetos e animais extintos. Cada um deles traz em seu acervo objetos raros, que podem ser considerados como joias, impossíveis de ser encontradas em qualquer outro lugar.

Durante a 8ª Semana Nacional dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) do Governo Federal, algumas instituições do Estado abriram as portas para mostrar aquilo que trazem de mais representativo dentre as coleções. Entretanto, como lembra Aivone Carvalho Brandão, diretora do Museu das Culturas Dom Bosco e curadora do setor de Etnologia, não é possível elencar itens mais importantes. "Tudo que temos aqui tem grande importância. Podemos apenas escolher algumas obras mais representativas", esclarece.

Museu das Culturas Dom Bosco (MCDB)

"O que a instituição tem de mais valioso não é apenas a cultura material dos diferentes povos indígenas, mas a cultura imaterial que, por meio da ciência e da arte, a nova museografia consegue apresentar", detalha Aivone. Ela se refere à forma como estão dispostos todos os objetos expostos no museu, que representam as formas nas quais eles se apresentam nas aldeias e os ritos de cada etnia.

Entretanto, alguns objetos têm valores incomensuráveis, como a urna pré-histórica encontrada em escavações no Estado. "Ela foi montada por um professor italiano, a partir de 270 fragmentos. O setor de arqueologia traz muitos objetos raros, como, por exemplo, esse tembetá em quartzo", conta, mostrando certa espécie de piercing pré-histórico.

Sendo uma das mais antigas instituições de Campo Grande, o MCDB foi inaugurado oficialmente em 1951, pela Missão Salesiana de Mato Grosso, no Colégio Dom Bosco. O processo de modernização iniciado após vincular-se à Universidade Católica Dom Bosco e se transferir para o Parque das Nações Indígenas, transformou-o em um dos principais espaços museológicos do País, especializado em História, Etnologia e Arqueologia Indígenas.

Museu de Arte Contemporânea (Marco)

Na Sala de Exposição Permanente do Acervo do Marco encontram-se algumas das principais obras da história da arte de Mato Grosso do Sul. Para Maysa Barros, coordenadora do museu, neste espaço o público poderá encontrar as obras mais representativas do acervo. "Temos obras de Conceição dos Bugres, Lídia Baís, Jorapimo, Wega Neri, todos são grandes referências nas artes plásticas de Mato Grosso do Sul. É difícil escolher alguém dentre tantos nomes", frisa.

Entretanto, ela acredita que entre as obras, a série sobre a divisão de Mato Grosso, produzida por Humberto Espíndola, com oito grandes telas – das quais "O sopro" é a única exposta – é uma das mais significativas. "Por representar um momento-chave para o nosso Estado, o de sua criação", pontua. A exposição do acervo permanente foi criada em 2003 e, desde então, é aberta às escolas, universidades e ao público em geral.

Museu José Antônio Pereira

A primeira casa construída em Campo Grande por si só já abriga muita história, e foi isso que levou à criação do museu. De acordo com a coordenadora do espaço, Maria Maciel, "a arquitetura da construção, única residência feita de taipa que ainda existe na Capital, é o que há de mais relevante no museu. Essa estrutura é histórica", reconhece. Para quem não conhece, a taipa de pilão é um sistema rudimentar para a construção de paredes e muros, muito utilizado no começo do século passado, conhecido também como pau-a-pique ou barro armado.

Segundo a coordenadora do museu, o acervo é pequeno, mas traz alguns itens pessoais da família e um pequeno engenho, utilizado na fabricação de açúcar. "Procuramos contar a história dos fundadores de Campo Grande. O espaço foi tombado como patrimônio histórico municipal em 1983 e, em 1999, a prefeitura restaurou o local. Os pioneiros da Capital têm um local digno agora", finaliza.

STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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Política

Vereadores votam em sessão desta quinta-feira nomeação de membros dos conselhos de Campo Grande

A nomeação é referentes ao 1º semestre de 2023.

17/04/2024 18h36

Divulgação/ Câmara Municipal

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Nesta quinta-feira (18), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande devem analisar projetos e dois ofícios do Poder Executivo Municipal que tratam da nomeação de membros para conselhos regionais, municipais e tutelares em funcionamento neste município, referentes ao 1º semestre de 2023.

Durante a sessão, os parlamentares devem debater o Projeto de Lei Complementar nº 820/22, de autoria do vereador Prof. André Luis, que propõe alterações na Lei Complementar nº 392, de 11 de agosto de 2020, a qual trata do sistema de posse responsável de cães e gatos em Campo Grande. Também serão discutidas as regras de registro, penalidades e infrações.

Em seguida, os vereadores discutirão e votarão em segunda sessão o Projeto de Lei nº 11.159/23, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro, que propõe a instituição da Semana Municipal de Sensibilização sobre a Perda Gestacional, Neonatal e Infantil.

Logo após, em primeira discussão e votação, será analisado o Projeto de Lei nº 11.162/23, proposto pelo vereador Papy, que busca instituir no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande-MS a "Feira Científica" e tratar de outras providências.

 

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