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Tragédia no Japão

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Japão: Soldados iniciam operação para localizarem corpos

Japão: Soldados iniciam operação para localizarem corpos

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Milhares de soldados japoneses e americanos iniciaram nesta sexta-feira uma grande operação aérea e marítima para localizar corpos de vítimas do terremoto e tsunami de 11 de março, na costa nordeste do Japão.

Segundo o balanço oficial mais recente, 16.451 pessoas continuam desaparecidas, além das 11.578 mortes confirmadas.

A busca teve início pouco depois do governo ter anunciado a detecção de radiação de iodo 131 na água a 15 metros de profundidade sob a central nuclear de Fukushima.

"Este nível é 10.000 vezes superior ao limite de segurança estabelecido pelo governo", afirmou um porta-voz da Tepco, a empresa que opera a central.

Enquanto prosseguem na luta contra a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, os japoneses pararam por um minuto nesta sexta-feira para lembrar o momento do terremoto, que deixou 28.000 mortos e desaparecidos.

A busca dos corpos mobiliza 120 aviões e helicópteros, além de 65 navios ao longo da devastada costa nordeste.

No total, 24.000 militares dos dois países aliados participam na operação, que deve durar três dias.

"Vamos nos concentrar nas costas, nas margens dos rios e nos territórios ainda cobertos pela água do mar", explicou um oficial das Forças Japonesas de Autodefesa, nome oficial do Exército nipônico.

"Os corpos que o mar levou, afundaram, mas devem sair à superfície em algumas semanas", completou o porta-voz.

As buscas, no entanto, não poderão acontecer em um perímetro de 30 km ao redor da central acidentada de Fukushima Daiichi, onde o nível de radiação é perigoso.

Quase mil corpos estão na área de segurança ao redor da central de Fukushima e não podem ser recolhidos, destacou a imprensa nipônica.

As autoridades haviam previsto a retirada dos corpos fora do perímetro de 20 km, de onde foram resgatados os sobreviventes, mas reconsideraram o plano, segundo a agência Kyodo.

Os cadáveres foram submetidos, de fato, a fortes níveis de radiação "post mortem", segundo uma fonte oficial. Assim, a polícia local decidiu não retirar os corpos ainda.

Diversos problemas se apresentam: descontaminar os corpos no local tornará ainda mais difícil a identificação posterior, e entregá-los da maneira que estão às famílias acarretaria riscos de contaminação radioativa aérea durante a incineração.

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou nesta sexta-feira que os japoneses não correm perigo de exposição a taxas perigosas de radioatividade caso sigam os conselhos das autoridades. Mas também admitiu que a situação na central de Fukushima ainda não se encontra estabilizada.

Dois dias depois de uma recomendação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que o Japão amplie a zona de segurança de 20 km ao redor da central nuclear acidentada, Kan insistiu que o país decide "a área de segurança em função dos conselhos e propostas dos especialistas".

"No Japão, nós pedimos às pessoas que sigam as regras porque, se assim o fizerem, não haverá consequências para sua saúde", explicou Kan durante uma entrevista coletiva.

Na central de Fukushima, os técnicos estão prontos para jogar uma resina sobre os escombros dos edifícios dos reatores, como parte dos esforços destinados a controlar a situação.

O impacto sobre o meio ambiente se agravou, com altos níveis de iodo 131 detectados em uma camada de água a 15 metros de profundidade sob o reator número um.

Nas amostras de água do mar recolhidas 300 metros ao sul da central, o nível de iodo radioativo era 4.385 vezes superior ao permitido.

A contaminação radioativa, que provocou uma paralisia das exportações de vegetais, laticínios e outros alimentos em oito municípios, chegou à carne.

A análise de uma amostra de carne obtida em Tenei, no município de Fukushima, a 70 km da central nuclear, registrou um nível de 510 becquerels de césio radioativo, superando o limite de 500 becquerels.

O governo afirma que a contaminação na água e nos alimentos não representa perigo imediato para a saúde.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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