OO inhame é um dos alimentos mais fantásticos que se conhece. Ele tem valor nutricional e medicinal conhecido há muito tempo. No começo do século já se usava elixir de inhame para curar sífilis. O inhame limpa o sangue fazendo com que as impurezas saiam por meio da pele, rins e intestinos. Médicos orientais recomendam comer inhame para fortificar os gânglios linfáticos, que são postos avançados de defesa do sistema imunológico. No Norte e no Nordeste do País, o inhame faz parte do cardápio diário. Por lá, esse tubérculo está presente até no café da manhã. E deveria ser item obrigatório na dieta de todo brasileiro, especialmente das mulheres, e em qualquer idade. Só para listar alguns benefícios: ameniza cólicas menstruais e outros sintomas da TPM – a famigerada tensão pré-menstrual –, reforça as defesas do organismo e estimula a libido. Sua preocupação é com a balança? O inhame tem ação anti-inflamatória, deixando o organismo menos suscetível ao acúmulo de líquido e toxinas. Isso significa tirar da frente dois grandes inimigos do corpo em forma: gordurinha extra e celulite! O DHEA (dehidroepiandrosterona, hormônio esteróide natural, produzido a partir do colesterol pelas glândulas suprarrenais) existe naturalmente no organismo, especialmente até os 20 anos, e é responsável pela formação de 50 hormônios. Entre eles está o GH, o hormônio do crescimento. “No adulto, o GH estimula a queima de gordura abdominal e o ganho de músculo”, afirma a nutricionista Marcella Dantas. Mas o que mais chama atenção dos especialistas é a capacidade do tubérculo equilibrar os níveis do hormônio feminino progesterona. E, com isso, amenizar os sintomas da TPM (cólica, irritação, ansiedade) e da menopausa (ondas de calor, secura vaginal), além de reduzir o risco de perda óssea. Os benefícios do inhame, claro, só aparecem com o consumo frequente. O ideal é uma porção, no mínimo, três vezes por semana. Mas, por ser fonte de carboidrato, deve substituir o pão no café da manhã ou o arroz no almoço ou jantar. Inhame, cará ou taro? Em alguns lugares do Brasil o inhame é chamado de cará. Até aí tudo bem, pois é o mesmo tubérculo de nome científico Dioscorea villosa. É parecido com uma mandioca mais cheinha e alongada. Pequeno, redondinho e peludo, o taro (Colocasia esculenta) também costuma receber o nome de inhame, principalmente na região Sudeste. Mas é outro alimento. Os dois até têm vitaminas e minerais semelhantes. Porém, só o inhame oferece os efeitos terapêuticos apontados aqui.