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Indústrias ganham suporte técnico para reduzir poluentes

Indústrias ganham suporte técnico para reduzir poluentes

Redação

12/07/2010 - 21h08
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As indústrias do Estado que querem reduzir a emissão de poluentes, adequando-se à legislação ambiental e ainda produzir com sustentabilidade, podem contar desde maio com o Labsenai Meio Ambiente. O laboratório que iniciou seus trabalhos com a medição do carbono (CO2) emitido durante a Expo-MS Industrial 2010, está oferecendo serviços na área de meio ambiente integrados às outras áreas do conhecimento, atendendo à legislação ambiental, às exigências do mercado externo e da sociedade

Rosana Siqueira

Segundo o gerente da Fatec Senai Campo Grande Artur Quintella, o LabSenai Meio Ambiente ajuda as empresas na questão ambiental, oferecendo serviços laboratoriais, consultorias tecnológicas, pesquisa e desenvolvimento.
Quintella explica que atualmente o laboratório adota o Programa de P+L (Produção Mais limpa), que analisa os processos de produção, etapa a etapa, verificando o que pode ser melhorado na empresa. “Verificamos ao longo do processo como é o uso de matéria-prima na indústria, demos sugestões de como o empresário pode melhorar isto, além de auxiliarmos na redução no consumo de energia, chegando até o final que é a emissão dos resíduos”, frisou. A consultoria de P+L analisa os processos produtivos a fim de prover soluções tecnológicas para reduzir os desperdícios das diversas formas e fontes de energia, matérias-primas e água, assim como, reduzir os resíduos, efluentes e emissões. “A metodologia permite a elaboração de inventários, de forma a verificar as emissões de gases que intensificam o efeito estufa. Diante dos resultados, promovemos projetos de neutralização dos gases, otimizando os processos produtivos nas indústrias, principalmente em relação às matérias-primas”, explicou.
A indústria que aplica a Produção Mais Limpa tem seus indicadores de eco-eficiência fazendo parte de uma rede internacional das Nações Unidas.
Ele destaca ainda que o LabSenai realiza o diagnóstico e controle de poluentes atmosféricos nas áreas urbanas e industriais, seguindo normas federais e estaduais pertinentes, podendo atuar na avaliação de fontes fixas, como na amostragem em chaminés, e qualidade do ar.

Laboratório móvel
Segundo o gerente da Fatec, um dos projetos estruturantes do LabSenai Meio Ambiente é a construção do laboratório de coleta de análises prioritárias de monitoramento ambiental para atender às demandas ambientais das empresas, com equipe qualificada e infraestrutura que ofereça serviços laboratoriais com o mais elevado padrão de qualidade. Outro projeto é a aquisição e adequação de uma unidade móvel para coleta, medição e monitoramento de emissões atmosféricas, com o intuito de apoiar as necessidades do cumprimento legal e desenvolvimento sustentável das indústrias.
O laboratório realizará serviços em estudos de dispersão de poluentes atmosféricos por meio da modelagem matemática, avaliações da eficiência de sistemas de controle de chaminés, inventários de fontes de emissão de poluentes atmosféricos e ruídos ambientais. A previsão é que o laboratório esteja operando em 2011.
O LabSenai Meio Ambiente ainda oferece cursos de aperfeiçoamento, visando adequar as empresas aos requisitos mercadológicos e legais associados a processos de licenciamento e gestão ambiental. Os cursos atendem às necessidades do cliente, e podem ser ministrados nas instalações do LabSenai Meio Ambiente ou na própria empresa.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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