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Indicações de métodos contraceptivos para cada fase da vida da mulher

Indicações de métodos contraceptivos para cada fase da vida da mulher

Viva Saúde

04/03/2011 - 06h10
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No princípio, era a tabelinha. A mulher não dispunha de outro artifício para evitar uma gravidez fora de hora. Por isso, os filhos se enfileiravam formando uma escadinha. No início da década de 1960 veio a redenção: foi inventada a pílula anticoncepcional e a mulher passou a ser dona de seus óvulos. Já havia a camisinha, claro, mas seu uso dependia mais do homem que da mulher. E a utilização desse contraceptivo só se popularizou mesmo na década de 1980 como uma forma de proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis, principalmente contra o vírus HIV. Nesses últimos anos, várias pílulas novas surgiram e novos métodos se somaram a ela: DIU, diafragma, adesivos, injeções, etc.

Hoje, o casal bem informado escolhe quantos filhos quer ter e quando, causando uma inversão total no quadro: com os métodos disponíveis, mulheres adiam tanto a maternidade que, quando decidem que finalmente querem um filho, não conseguem engravidar. Na década de 1960, cada mulher tinha cerca de seis filhos e, em 2009, segundo a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa caiu para 1,9. É bom ser dona do destino e definir a hora de ser mãe, mas para não comprometer a saúde, é preciso escolher o método certo. "Deve-se levar em conta a idade da mulher, as doenças associadas e seu modo de vida", diz a ginecologista Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose de São Paulo.

E isso não se faz sozinha. Escolher o contraceptivo por conta própria implica em grande risco. "É preciso saber como fazer a transição de um método para outro, ou pode acontecer uma gravidez indesejada", diz Rosa. Além disso, somente um especialista é capaz de dizer qual é o mais indicado e identificar os efeitos colaterais. Os contraceptivos devem ser considerados medicamentos, e a automedicação nunca é recomendada. Veja a seguir as melhores opções para cada fase da vida.

No dia seguinte: entenda o que faz a pílula

A pílula do dia seguinte ainda causa alguma polêmica porque muitos a consideram abortiva. Mas, na verdade, ela age antes que a gravidez ocorra. Tomada até 72 horas depois da relação sexual, ela provoca uma descamação na parede do útero que impede a fixação de um possível óvulo fecundado. Mas se não for tomada dentro desse período, pode não fazer efeito.

O medicamento só deve ser comprado com receita médica e os efeitos colaterais costumam ser acentuados, como náuseas e dores de cabeça fortes. Por isso, deve ser usada apenas como uma forma de contracepção de emergência. Além disso, sua eficiência pode ser menor do que a pílula convencional, que é de 99%. Se tomada até 24 horas, a chance de engravidar é de 1%, mas sobe para 5% em 72 horas.

Não escolha o anticoncepcional por conta própria. Lembre-se de que ele é um medicamento e a automedicação nunca é recomendada.

Início de carreira e quer evitar filhos

"Tanto anticoncepcionais hormonais (pílula e suas variações) quanto o DIU são altamente eficazes e seguros", garante Nazário. No caso de quem tem parceiro fixo, não portador de DSTs, o uso de camisinha pode ser dispensado.

A pílula masculina

O anticoncepcional masculino já foi aprovado, mas ainda são necessários mais testes antes que ele chegue ao mercado. Um dos efeitos colaterais que precisa ser superado é a diminuição do desejo sexual e a variação do humor. Seu princípio de funcionamento é bloquear a maioria dos espermatozoides.

Enquanto a pílula masculina não chega, há sempre novidades para as mulheres. Recentemente foi lançada pela Bayer Schering uma versão que combina estrogênio natural e progesterona e é especialmente benéfica para as fumantes, que devem evitar o estrogênio sintético, e para mulheres muito sensíveis, que apresentam fortes efeitos colaterais.

Quem quer ter filho logo

Pode ser qualquer um deles, até mesmo a pílula. "Existe um mito de que o uso da pílula por longos períodos compromete a fertilidade da mulher, mas isso não é verdade. Assim que a mulher para com a pílula volta a ter ciclos ovulatórios e pode engravidar", diz Marcello Valle, ginecologista especializado em reprodução humana, da Clínica Origem (RJ). O que dificulta a gravidez é o avançar da idade.

Se a mulher tomar pílula por 15 anos - digamos, dos 20 aos 35 - poderá não engravidar porque sua taxa de fecundidade diminuiu, não por causa da pílula. Mesmo com tudo ok com a fertilidade, é aconselhável que a mulher evite engravidar por três meses depois da suspensão da pílula. "Embora exista a possibilidade de gravidez imediata, pode haver um pequeno risco de abortamento porque o endométrio (mucosa interna do útero) pode ainda não ter voltado ao normal para receber o óvulo fecundado", diz Nazário. 

Quem já teve filho e não quer engravidar novamente

"Existem pílulas específicas para serem usadas durante a amamentação, com dosagem menor, e que não fazem mal ao bebê", diz Valle. Enquanto amamenta, a chance de a mulher engravidar é pequena, mas não pode ser desprezada. "Depois de passada essa fase, a mulher pode retomar o método que usava antes da gravidez", completa Valle. Mas com um ou mais filhos pequenos, e tantas tarefas na cabeça, a mulher muitas vezes pode se esquecer de tomar a pílula. "Por isso, muitas vezes costumo indicar o DIU, implantes ou métodos injetáveis", diz Nazário.

Mulheres no climatério

"As pílulas de baixa dosagem são uma boa opção para mulheres que já apresentam sintomas do climatério, mas ainda menstruam e, portanto, têm chance de engravidar. Após a menopausa - ou seja, a parada total da menstruação - não há mais necessidade do uso de anticoncepcional", diz Valle. "Mas nessa fase é especialmente importante que as fumantes evitem os anticoncepcionais com estrógeno sintético", lembra Nazário. A associação desse hormônio com cigarro aumenta a chance de trombose e pode ser especialmente nociva no climatério, quando o organismo começa a perder a proteção dos hormônios femininos.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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