O prefeito de Dourados Ari Artuzi (PDT) ainda não definiu quem irá apoiar nas eleições deste ano para o Governo do Estado e poderá até mesmo ficar com “um pé em cada canoa” caso permaneça filiado ao seu atual partido. Ele cogita trocar de sigla (tem propostas do PMDB e do PSDB), mas teme sofrer um novo processo por infidelidade partidária. A estratégia do prefeito, pelo menos por enquanto, é tentar agradar ao PT (já que teve o apoio declarado do deputado federal Vander Loubet na disputa pela Prefeitura, mesmo com o PT local tendo candidato próprio) e, ao mesmo tempo, não se distanciar do governador André Puccinelli (PMDB). Na tentativa de se equilibrar na corda bamba, o prefeito pretende lançar a esposa Maria Artuzi como candidata a uma vaga na Assembleia Legislativa pelo nanico PRB – partido que deverá apoiar a reeleição de Puccinelli – e permanecer no PDT, que praticamente já definiu apoio ao ex-governador José Orcírio dos Santos (PT). Dúvida cruel O prefeito tem reiterado à imprensa que é amigo de Puccinelli e não descarta a possibilidade de retornar ao PMDB. Mas tem sido aconselhado por amigos a permanecer onde está, para evitar um novo processo de cassação por infidelidade partidária, o que já aconteceu quando era deputado estadual e, por pouco, não teve o mandato cassado. Curiosamente, naquela oportunidade quem pediu seu mandato foi o PMDB, partido que ele deixou para concorrer à Prefeitura de Dourados pelo PDT, alegando em sua defesa, entre outras coisas, ter sido chamado pelo governador de “animal de pelo curto” e que seria traído na convenção partidária.