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Inca defende prazo máximo de 60 dias para prognóstico de câncer

Inca defende prazo máximo de 60 dias para prognóstico de câncer

Redação

16/10/2010 - 04h44
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BRASÍLIA

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou ontem sete recomendações para a prevenção e identificação do câncer de mama. Entre as indicações, o instituto defende que toda mulher com suspeita da doença tenha o direito de receber diagnóstico no prazo máximo de 60 dias. O Inca, no entanto, lembra que a lista não tem caráter de lei e que a aplicação das orientações é responsabilidade de cada município ou Estado.

Além da questão do prazo máximo para o resultado, consta da lista a necessidade de as mulheres entre 50 anos e 69 se submeterem ao exame de mamografia a cada dois anos. “Não temos como obrigar as secretarias de saúde a cumprir as recomendações. Cada gestor de saúde tem autonomia para aplicar suas políticas”, disse o oncologista Ronaldo Corrêa, técnico da Coordenadoria de Prevenção e Vigilância do Inca.

Quanto ao prazo de dois meses para o exame, segundo Corrêa, este é o tempo que melhor atende aos diferentes tipos de tumor e suas diferentes velocidades de evolução. “Há tumores de evolução muito rápida, enquanto há outros que crescem devagar ou muito devagar. Estes 60 dias atendem aos diferentes tipos”, explicou o técnico. “Mas obviamente, quanto maior o tempo de detecção do câncer, mais difícil será o tratamento.”

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, o médico Ricardo Chagas, o prazo recomendado é muito alto. “Nos consultórios, o resultado sai em uma semana, talvez menos. Não é aceitável que no serviço público se demore tanto tempo. Sem falar no tempo que as mulheres demoram para encontrar um local que faça o exame”, criticou o mastologista.

No texto, o Inca afirma que apesar de as recomendações não serem regras, as autoridades de saúde dispõem de “meios para alcancá-las.” Uma forma é o Sistema de Informação do Câncer de Mama (Sismama). “Com a alimentação correta do sistema, os gestores podem se debruçar sobre o problema. Podem identificar quanto tempo uma mulher demora para receber o diagnóstico, por exemplo, e tentar corrigir”, disse.

Certificação
Outro ponto que deve ser observado pelas mulheres é se o local em que o exame de mamografia for realizado tem certificado de qualidade. As recomendações foram divulgadas no mês chamado de “Outubro Rosa”, em que o Inca promove uma série de ações de alerta para o câncer de mama. De acordo com o instituto, este tipo de tumor é o que mais mata mulheres em todo o País. São cerca de 11 mil mortes por ano.

“Focamos as ações deste ano na prevenção e detecção precoce. Ano que vem, podemos trabalhar a questão do tratamento”, disse Corrêa, comentando a situação do Brasil comparado a outros países. “Em relação aos países desenvolvidos, estamos bem atrás. Mas se compararmos aos de baixo desenvolvimento, aos países da América Latina e outros como China e Índia, estamos muito à frente, somos até referência”, afirmou.

De acordo com dados do Inca, entre 2000 e 2007, o Brasil aumentou em 118% a produção de mamografias. Em 2000, foi realizada 1,3 milhão; em 2007, 2,9 milhões. O Ministério da Saúde foi procurado para comentar a crítica à demora para o diagnóstico no serviço público, mas não retornou.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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