Os contribuintes brasileiros
pagaram menos impostos federais
sobre a produção e a renda
no ano passado, mas a incidência
sobre a folha de pagamento
cresceu significativamente, revelou
levantamento realizado
pelo Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada).
De acordo com os dados,
a quantidade de impostos federais
sobre a produção foi de
6,88% para 6% do PIB (Produto
Interno Bruto) no ano passado,
enquanto os impostos federais
sobre a renda e o patrimônio
passaram de 7,30% para 6,93%
do PIB.
Por outro lado, os impostos
e contribuições sobre a folha
de pagamento foram de 8,10%
para 8,75% do PIB no período,
comportando-se, de acordo
com o Ipea, como se não houvesse
crise econômica mundial.
Estrutura
No caso dos impostos so bre a produção, a queda maior
foi no IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados),
cuja alíquota foi reduzida
em diversos produtos, como
automóveis e eletrodomésticos
da linha branca. Neste
caso, a proporção sobre o PIB
passou de 1,23% para 0,88%.
Já no caso da Cofins mais o
PIS/Pasep, houve redução de
4,98% para 4,67% e os demais
impostos passaram de 0,66%
para 0,45% do produto interno
bruto.
Em relação aos impostos sosobre
a renda e o patrimônio,
o Imposto de Renda sobre pessoas
físicas e jurídicas passou
de 5,85% para 5,55% do PIB,
enquanto a CSLL passou de
1,40% para 1,37% e os demais,
de 0,05% para 0,01% do PIB.
Nos impostos sobre a folha
de pagamento, o maior aumento
foi no FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço) e
do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social), que passaram
de 6,97% para 7,50% do PIB. Já o
sistema S e o salário-educação
foram de 0,59% para 0,61% e a
previdência pública, de 0,55%
para 0,65% do PIB.
Estrutura
De acordo com o Ipea, a
composição da carga tributária
no Brasil tem sofrido
mudanças, com tendência de
crescimento do peso de tributos
incidentes sobre a renda e
a folha de pagamento, que juntos
representam 47,4% do total,
e queda daqueles que oneram a
produção e o consumo, que respondem
por 46,7% do total.