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Imóveis valorizam até 200% em bairros

Imóveis valorizam até 200% em bairros

Redação

03/05/2010 - 08h03
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VERA HALFEN

Investimentos em urbanização e o aumento do volume de crédito habitacional atraíram as grandes construtoras que investem em bairros de Campo Grande, valorizando o preço de terrenos em mais 200%. O bairro Rita Vieira é um desses exemplos. Há cinco anos, um terreno de tamanho médio custava de R$ 15 a R$ 20 mil e hoje, de acordo com o presidente do Sindicato da Habitação de MS, Marcos Augusto Netto, aqueles que estão situados de frente para o asfalto não custam menos de R$ 45 ou R$ 50 mil.

A abertura de ruas e avenidas, para dar maior agilidade de acesso ao bairro, como o asfaltamento da Avenida Rita Vieira e o prolongamento da rua Bom Pastor, segundo Netto, além de facilitar o acesso, também tornou atrativo os investimentos na região, trazendo as empresas construtoras que já estão com vários condomínios à venda. “Há alguns anos, o acesso para aquela região era somente pela Spipe Calarge”.
Os primeiros condomínios foram financiados pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica Federal. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, esses condomínios já estão lá desde 2007. A prefeitura vai prolongar a Avenida Interlagos até a Lagoa Itatiaia, facilitando o acesso à região.

Outro bairro que está aquecido por conta dos investimentos é o São Francisco. Netto ressalta que a construtora Vanguard adquiriu áreas em locais de destaque e já entregou uma das torres do condomínio. Ainda para este primeiro semestre, a empresa lança mais um empreendimento: o Garden Botanic, na confluência Das avenidas Ernesto Geisel e Rachid Neder. Serão duas torres com 19 pavimentos cada uma.
“Esse desenvolvimento deve-se à permissão para construção de torres, com amparo da lei, criada em 1988. Isso fortaleceu e valorizou a região. A Vanguard tem planos de quatro empreendimentos na região; a MRV também está por lá. O São Francisco é um bairro alto, com vista bonita, as ruas são largas e o acesso é fácil. Isso atraiu os investidores”.

O que vem por aí
Por outro lado, o presidente do Secovi mostra que as casas e terrenos localizados no entorno do prédio que seria a estação rodoviária, na Ernesto Geisel, hoje estão desvalorizados em 30%. Com a Via e a Orla Morena, que passarão pelo local, “vai dar uma destinação para a região e isso vai equiparar os imóveis e terrenos com os da Vila Planalto. Não será uma supervalorização, mas vai ‘encostar’ nos preços praticados por lá. Com a urbanização, teremos um desenvolvimento muito forte”, diz

“Outro ponto que vai receber investimentos é o bairro Amambaí, que hoje tem muita casa antiga e algumas tombadas pelo Patrimônio Histórico; mas nada impede que haja remodelagem. Na antiga rodoviária, existem planos para abrigar algumas faculdades. Isso vai sustentar aquela região. Já vemos movimentação na área e isso é uma realidade”.

No Amambaí existem vários hotéis, que davam apoio aos passageiros da antiga rodoviária. Porém, Netto acredita que ao dar um destino à antiga rodoviária, os hotéis não perderão clientes. “Mesmo com o fechamento da rodoviária, os viajantes continuam a utilizar os hotéis, porque estão em lugar estratégico, junto ao centro da cidade. Com as faculdades, fica melhor ainda”.

De acordo com Netto, ainda existem problemas que precisam ser resolvidos. Ele cita a ligação da Avenida Mato Grosso com a Ernesto Geisel. “Assim que fizeram essa ligação, o local morreu. Isso causou prejuízo aos comerciantes daquele local. Antes, os motoristas eram obrigados a passar na Calógeras. Hoje, está tudo adormecido por ali. Nunca foi uma região muito boa, mas agora está praticamente morta. Essa e uma região que tem de ser redefinida. Pela Calógeras até a Dom Aquino, há a necessidade de uma revitalização. Logo acima, já se vê movimentação para construir um novo shopping, ao lado do Pátio Central. E isso é bom,” conclui.

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Petrobras quer retomar obras em navios inacabados pré-Lava Jato

Embarcações eram construídas por estaleiro que fechou as portas após início da operação

18/04/2024 21h00

Fernando Frazão; Agência Brasil

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A Petrobras estuda uma maneira de retomar as obras de dois navios petroleiros remanescentes das encomendas feitas ainda no primeiro programa de revitalização da indústria naval brasileira, nas primeiras gestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As embarcações eram construídas pelo estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), que fechou as portas em 2015 após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Hoje, elas pertencem ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou as obras.

Os dois navios eram parte de um contrato de quatro embarcações do tipo Panamax assinado entre o Mauá e a Transpetro, subsidiária da Petrobras para o transporte de petróleo e derivados.

Delas, apenas uma foi entregue. Outras duas estavam em fase avançada de construção e a quarta, ainda em estágio inicial. Os navios mais avançados passaram anos no cais do estaleiro Mauá e hoje estão no estaleiro Ilha, na zona norte do Rio, que pertence ao mesmo grupo.

Em evento sobre o setor nesta quinta-feira (18), o presidente da Transpetro, Sergio Bacci, disse que a empresa vem negociando com o BNDES a compra dos navios para concluir as obras. "É intenção da Transpetro retomar esses navios", afirmou.

Uma das embarcações sofreu inundações na casa de máquinas durante o período em que esteve parado no Mauá, o que danificou o motor. A troca demandaria abrir novamente o casco, o que é um desafio ao projeto.

"Não é simples", afirmou Bacci. "Para trocar o motor tem que fazer uma cesariana no navio", comparou. A ideia seria contratar um estaleiro para realizar a operação e concluir as obras.

Na época, os navios foram encomendados por US$ 87 milhões, cada um. Foi a última licitação de navios do programa naval dos primeiros governos Lula, que tenta novamente fomentar a atividade do setor.

A Transpetro prepara-se para lançar licitação para a encomenda de quatro navios para o transporte de combustíveis, já aprovadas pela Petrobras, mas cujo leilão depende de medidas do governo para ampliar competitividade dos estaleiros brasileiros.

Entre elas, está a retomada da cobrança de imposto de importação sobre navios, que ficaram isentos em lei aprovada pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Outra é a aprovação pelo Senado de projeto de lei que acelera a depreciação de ativos industriais no país, que já passou pela Câmara.
Bacci reforçou que a Transpetro estuda contratar mais doze navios --quatro de combustíveis líquidos e oito de gás de cozinha-- mas a encomenda ainda não foi aprovada pela Petrobras e, portanto, deve ficar para 2025.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu que, apesar dos problemas do passado, o Brasil deve voltar a fomentar a indústria naval "sem nenhum sentimento de culpa".

Ele apresentou a demanda da Petrobras para o setor, que inclui módulos de plataformas de produção de petróleo, desmantelamento de plataformas antigas e a construção de navios e embarcações de apoio à produção.

A companhia já lançou licitação para 12 barcos de apoio a plataformas em alto mar e planeja licitar mais 10 ainda este ano. Outros 11 serão necessários até 2030. Ao todo, são previstos investimentos de US$ 2,5 bilhões, com a geração de 28 mil empregos.

Prates defendeu também a retomada de obras de refino paralisadas pela Lava Jato, como a Refinaria Abreu e Lima e o antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
"Temos que terminar, vamos retomar uma por uma. Vai virar o quê? Elefante branco, com 80% concluído, como essa planta de fertilizantes do Mato Grosso do Sul? Se for viável, faremos."

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Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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