ANAHI ZURUTUZA
Mesmo depois de impasse entre prefeito e vereadores para aprovar projeto de Lei Complementar que atrairá investimento de R$ 200 milhões para Campo Grande, a Homex Brasil, que tem interesse em construir condomínio com 3,1 mil casas na Capital, manifestou ontem que continua disposta a investir na cidade. A condição é que a Câmara de Vereadores aprove na semana que vem a proposta da prefeitura.
Campo Grande disputa a vinda do investimento com São José dos Campos e a lei daria à Capital vantagem em relação ao município do interior de São Paulo.
O projeto de Lei Complementar 267/2010, de 27 de abril, institui o Plano de Operação Urbano Consorciado para qualificação urbanística e ambiental das regiões Lagoa, Anhanduizinho e Bandeira.
O projeto altera dois pontos na atual legislação municipal. Atualmente, só é permitida a construção de 25 unidades habitacionais por condomínio, na região onde o grupo quer se instalar, sendo assim, os investidores teriam que construir 124 pequenos condomínios, o que tornaria o empreendimento inviável. A lei complementar do executivo altera a quantidade, que passaria de 25 a 250 casas por condomínio, permitindo que o grupo construa algo em torno de 18 a 20 conjuntos.
Outra mudança proposta pela lei seria com relação ao tamanho mínimo do terreno, que passaria de 360 metros quadrados para 250.
Exigências
Conforme a administração municipal, não haverá contrapartida da prefeitura e, se aprovada a lei Complementar, o grupo mexicano — ou qualquer outra construtora que se interessar em fazer empreendimento do porte que propõe a Homex — terá de fazer obras de infraestrutura na região do Bairro Paulo Coelho Machado, como asfalto, rede de esgoto e drenagem, além da construção de uma via de acesso à Avenida Gury Marques para desafogar a Avenida dos Cafezais, que atualmente é a única pista asfaltada, que liga o bairro à BR-163.