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HIV já é o vírus mais conhecido pelo homem

HIV já é o vírus mais conhecido pelo homem

Diário da Saúde

24/03/2011 - 04h28
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O HIV é o vírus mais conhecido pela ciência, como resultado de grandes investimentos em pesquisa nas últimas décadas.

Os inúmeros avanços conquistados modificaram muito, para melhor, a realidade dos portadores do vírus.

Mas ainda há um longo caminho pela frente para que se possa controlar a epidemia de HIV-Aids.

A conclusão é de Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) que organizou, na semana passada, em São Paulo, o 6º Curso Avançado de Patogênese do HIV, no qual foram discutidos temas como tratamento, desenvolvimento de vacinas e epidemiologia do vírus.

Especialistas em HIV

O curso, que trouxe ao Brasil 30 dos principais especialistas em HIV de todo o mundo, integrou as atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Investigação em Imunologia (INCT-III), cuja área de HIV-Aids é coordenada por Kallás.

Segundo Kallás, as apresentações dos especialistas durante o curso mostraram que as descobertas relacionadas a vários aspectos do vírus e da Aids não cessaram nos últimos anos - e melhoraram efetivamente a vida dos pacientes -, mas ainda é preciso avançar.

"Os avanços que tivemos desde a identificação da síndrome da Aids até hoje foram imensos. Mas ainda temos três grandes desafios pela frente. O primeiro é desenvolver uma vacina protetora. O segundo, compreender o mecanismo de degeneração e combater o envelhecimento dos portadores. O terceiro é descobrir como curar o indivíduo. Quando cumprirmos esses três objetivos, poderemos controlar ou eliminar a epidemia", disse.

Efeito cascata

De acordo com o cientista, os investimentos na pesquisa sobre o HIV, que sempre foram consideráveis, precisam permanecer no mesmo patamar para que seja possível chegar a esses objetivos.

"O HIV é seguramente o vírus que mais conhecemos hoje em dia e para o qual nós mais tivemos investimentos em pesquisa. Mas é preciso dar continuidade a isso. É importante observar, no entanto, que os recursos investidos na pesquisa sobre Aids não ficam restritos a essa área, mas acabam se replicando para várias outras. Não podemos esquecer que esse tipo de investimento é feito principalmente a longo prazo, na formação de recursos humanos, na disseminação de conhecimento e na capacitação de grupos de pesquisa", destacou.

A situação dos pacientes atualmente, em comparação com a do início da epidemia na década de 1980, é bastante diferente, segundo Kallás. Mas isso não significa que a doença possa ser encarada com indiferença.

"Naquela época, ser portador da doença tinha um significado ainda mais dramático. Hoje é diferente, mas a doença não pode ser ignorada. Ela ainda tem um impacto muito grande, em termos de saúde pública, de saúde individual e até mesmo no que diz respeito ao custo financeiro. A condição do doente melhorou muito em relação ao que era antes, mas ainda temos muito o que fazer", afirmou.

Últimas novidades em HIV e AIDS

Durante o curso, uma revisão do tema da patogênese do HIV foi apresentada aos estudantes, médicos e outros profissionais participantes. Mas o aspecto principal do curso consistiu em estreitar o contato com os dados recentes das pesquisas realizadas pelos cientistas que apresentaram conferências.

"Tivemos a oportunidade de ver o que está na fronteira do conhecimento da patogenia do HIV tanto em relação à transmissão, como à prevenção, à resposta imune, à virologia e ao tratamento da infecção", disse Kallás.

Todas essas áreas apresentaram avanços recentes de grande importância. "Na questão da prevenção, por exemplo, tivemos aqui a apresentação dos dados mais recentes relacionados à profilaxia da pré-exposição ao vírus. Na parte de imunologia, tivemos a identificação de novas subpopulações celulares envolvidas na resposta imune", afirmou.

Já na área de reconhecimento dos aspectos biodegenerativos da infecção pelo HIV, o curso proporcionou discussões sobre senescência celular e marcadores de ativação. Na parte de virologia, foi apresentada a identificação de novos alvos para a ação antirretroviral e mecanismos de defesa celular.

"Tivemos também a discussão de novos dados de diversidade genética do HIV e novos dados de distribuição e transmissão de HIV no Brasil e no mundo. No que se refere ao tratamento, discutimos as novidades de desenvolvimento de novas drogas e debatemos situações especiais como a infecção aguda, ou pessoas que não respondem com a elevação de linfócitos TCD4. O curso teve ainda extensas discussões sobre a questão da resistência", disse Kallás.

Vacinas experimentais contra AIDS

Na área de vacinas, foram apresentados resultados recentes de diversos grupos com vacinas experimentais candidatas para combater a transmissão do HIV. Foram debatidos alguns dos principais gargalos para o avanço científico em imunologia.

"Um dos gargalos é que ainda não temos um marcador de proteção bem definido. Não conseguimos dizer com precisão, com base em um teste específico, se uma pessoa vai ficar protegida ou não. Em segundo lugar, o vírus é muito diverso, muda muito de pessoa para pessoa e até mesmo dentro de um mesmo indivíduo ele possui uma grande diversidade. Uma vacina tem dificuldade de identificar e reconhecer essas variações virais", disse.

Outro gargalo, ainda segundo Kallás, é que não se sabe exatamente qual é a região do vírus e o tipo de resposta que consegue de fato gerar proteção. "Há várias tentativas, sabemos algumas dessas coisas, mas não sabemos ainda com certeza essa definição. Tivemos avanços que foram apresentados e que permitem entender alguns desses problemas, mas ainda temos um longo caminho pela frente", disse.

Tecnologia

Apple libera iOS 17.4 com atualização de camada extra de proteção contra roubos

Foram incluídas na atualização novos emojis, upgrades de ferramentas de áudio e uma nova camada de segurança

06/03/2024 22h00

Tecnologia Unsplash

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A Apple liberou nesta terça-feira, 5, uma nova atualização do iOS, sistema operacional do iPhone. Na nova versão - iOS 17.4 - usuários da Europa poderão baixar aplicativos fora da App Store, uma medida em resposta às decisões da União Europeia contra acusações de monopólio da empresa. Por aqui, novidades como novos emojis, upgrades de ferramentas de áudio e uma nova camada de segurança para o caso de roubo do aparelho foram incluídas na atualização.

Nessa nova versão, seis novos emojis foram adicionados na biblioteca: uma carinha acenando positivamente, uma acenando negativamente, uma fênix, uma fatia de limão, um cogumelo marrom e uma corrente quebrada. No aplicativo de podcasts, os episódios publicados agora terão transcrição em texto e a aba principal agora se chama "início".

Uma das atualizações mais importantes desta versão é a opção de adicionar uma camada de proteção de dados ao celular em todas as localizações - antes, quando foi lançada a ferramenta de Proteção de Dispositivo Roubado, era possível apenas ativar o recurso para localizações não cadastradas no aparelho.

Além disso, o iOS 17.4 também vai permitir que o usuário acompanhe o ciclo de carga da bateria. Nas configurações, será possível ver quando a saúde da bateria estiver acima de 80%, com uma indicação que nomeia esse valor como normal. A empresa afirma que o iPhone pode ter cerca de 1000 ciclos de carregamento com a bateria em bom estado.

Dois dias após ser multada em US$ 2 bilhões pela União Europeia, a Apple incluiu a opção de fazer sideload, ou seja, downloads de aplicativos sem passar pela loja oficial da marca. Todos os aplicativos disponíveis na App Store atualmente pagam cerca de 30% da arrecadação para a Apple, como uma espécie de taxa de hospedagem. A UE julgou a prática como monopólio e ordenou que a empresa tornasse possível o download fora da loja.

Veja como instalar

Para atualizar o sistema operacional é preciso acessar as configurações do iPhone, clicar em "geral" e depois em "atualização de software". Esse menu vai indicar a nova versão disponível e dar a opção de fazer o update no momento ou durante a madrugada.
 

Mudança

WhatsApp lança formatação de listas, citação e elementos de programação; veja como usar

Os recursos já estão disponíveis no Brasil e no restante do mundo

21/02/2024 14h00

As opções de formatação disponíveis anteriormente persistem. Divulgação

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O WhatsApp anunciou nesta quarta-feira (21) o lançamento de novas opções de formatação de mensagens.
Agora, é possível editar listas simples e numeradas, citações e adicionar elementos gráficos a partir de códigos de programação. Os recursos já estão disponíveis no Brasil e no restante do mundo.

"Além de ajudar a economizar tempo, as funções também ajudam os usuários a se comunicarem de maneira mais eficaz", diz a empresa.

Para criar uma lista, o usuário deve digitar um hífen (-) seguido de um espaço antes do texto.

As listas numeradas são iniciadas a partir da digitação de um numeral (1, 2, etc.) seguido por um ponto e espaço. A cada vez que o usuário pula uma linha, o marcador aumenta de forma automática.

A citação de bloco para destacar um texto-chave é acionado pelo sinal de maior (>) seguido de um espaço.

O código embutido, frequentemente usado por desenvolvedores para compartilhar trechos de códigos ou comandos, é adicionado a partir de uma filipeta (') antes do texto.

As opções de formatação disponíveis anteriormente persistem. São estas: negrito, itálico, tachado e monoespaçado.

Os comandos funcionam em Android, iOS (sistema operacional de iPhones), Web e Mac desktop. Os administradores de Canais no WhatsApp também poderão usar essas opções.
 

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