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Hemosul convoca doadores de sangue O+, O- e tipagens raras A- e B - com urgência

Estoques estão praticamente zerados e situação é alarmante

Gabriela Couto

18/09/2018 - 17h15
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O Hemosul de Campo Grande convoca com urgência os doadores de sangue do tipo O negativo (O-) e O positivo (O+) que estão com estoques praticamente zerados. Em comunicado oficial o hemocentro também emitiu estado de atenção para tipagens raras do sangue A negativo (A-) e B negativo (B -).

Qualquer pessoa de 16 a 69 anos pode ser um doador de sangue e assim poder ajudar alguém. Vale ressaltar que menores de 16 e 17 anos precisam estar acompanhados dos pais ou responsável para fazer a boa ação, ou ainda levar uma declaração de autorização, com firma reconhecida. 

Outro ponto importante com relação à idade é para pessoas que vão fazer a primeira doação. Este ato só poder ser feito até os 60 anos. Após esta idade somente doa quem já faz o procedimento com frequência. Também deve ser observado o peso de quem deseja ajudar. Conforme a lei, a Rede Hemosul-MS reserva-se o direito de aceitar apenas doadores com 55 kg ou mais, para a melhor utilização do sangue coletado e garantir a segurança do doador.

Quem já faz doação com regularidade deve prestar atenção aos intervalos entre uma doação e outra. Os homens podem doar até quatro vezes ao ano, com espaço de tempo de no mínimo dois meses. Já as mulheres são restritas a doar três vezes ao ano, com interrupção de no mínimo três meses. 

Algumas doenças são critérios para impedir a doação. Pessoas com problemas renais, cardíacas, doenças hematológicas, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como doença de Chagas, hepatite, aids, sífilis impedem que a doação seja feita.

Se o doador também estiver  com gripe ou alergia é necessário esperar sete dias para poder realizar o procedimento. Alguns medicamentos também impossibilitam que a doação seja feita. Por isso é preciso que quem for realizar a doação seja verdadeiro com o médico na hora da entrevista e avise os remédios que utiliza com frequência. 

Outra recomendação é para quem se vacinou ou pretende se vacinar. A imunização impede temporariamente a doação. Por isso, a recomendação é que faça doação antes de tomar a dose de vacina. Por último, mas não menos importante, é preciso estar bem alimentado. No entanto é preciso evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação, além de não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas antes de ir até o hemocentro. 

BENEFÍCIOS

Pouca gente sabe, mas quem doa sangue além de estar ajudando a salvar vidas também tem direitos garantidos. Os benefícios só são oferecidos para os doadores que fazem no mínimo três doações no período de um ano. O objetivo do hemocentro é incentivar o voluntário a manter a frequência de doações. Quem faz essa boa ação garante a carteira de doador, com validade de um ano.

Com ela o doador tem direito à isenção nos concursos públicos realizados no Estado, além de garantir meia-entrada nos casas de diversão ou estabelecimentos com eventos culturais e atividades de lazer. Outro benefício é o mesmo atendimento prioritário nas filas de bancos e no âmbito da Justiça Estadual, que é dado aos idosos. A solidariedade também garante vaga para os filhos do doador nas escolas municipais. Quem desrespeitar a lei pode pagar multa de R$ 3,8 mil a R$ 10 mil. Quem não tiver o direito adquirido cumprido deve procurar o PROCON. 

 

IMPEDIMENTOS TEMPORÁRIOS:

» Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas.

» Gravidez

» 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.

» Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).

» Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.

» Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.

» Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.

» Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc): aguardar 6 meses.

» Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.

» Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.

» Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.

» Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões.

» Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster).

» Febre Amarela: quem esteve em região onde há surto da doença deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno; se tomou a vacina, deve aguardar 04 semanas; se contraiu a doença, deve aguardar 6 meses após recuperação completa (clínica e laboratorial)

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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