Os 13 haitianos que tentaram entrar ilegalmente no Brasil e acabaram presos pela Polícia Rodoviária Federal, querem fixar residência em Campo Grande. Eles estão alojados, provisoriamente, no Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante (Cetremi). Hoje deve ser definido o local onde eles ficarão até o julgamento do pedido de permanência definitiva, atualmente em análise pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), no Ministério da Justiça. A decisão deve sair em 60 dias. Duas alternativas estão sendo estudadas: uma creche desativada ou a casa de um filiado das Organizações não Governamentais Psicólogos Sem Fronteiras e Azul (também constituída por psicólogos). No grupo estão duas crianças, de 4 e 8 anos, três homens e oito mulheres. Todos embarcaram para o Brasil na esperança de tentar uma vida melhor por conta da delicada situação em que se encontra o Haiti, depois do terremoto . “Estamos buscando alternativas para colocá-los em um lugar funcional para que possam aguardar a decisão do Ministério da Justiça”, comentou Getúlio Gideão, coordenador da Ong Psicólogos Sem Fronteira, que coincidentemente preparava um grupo de profissionais para cumprir uma missão humanitária no Haiti. A alimentação do grupo estará garantida, na nova casa, pelo Instituto Martin Luther King, sediado na Capital. Já o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso do Sul está providenciando roupas para o grupo, e ontem também levou os haitianos para um passeio no Shopping Campo Grande. “Eles estavam praticamente só com a roupa do corpo. Ficamos sensibilizados com a situação”, descreveu Marcos Khadur Rosa Pires, presidente do Sindicato. Os haitianos foram presos pela Polícia Rodoviária Federal em Miranda na última quartafeira.