Mesmo após o governador André Puccinelli (PMDB) reiterar o desejo de caminhar com a ministra Dilma Rousseff (PT) na sucessão presidencial, continua próxima sua relação com a cúpula do PSDB. Anteontem, ele recebeu em seu apartamento o presidente regional do partido, deputado Reinaldo Azambuja e a senadora Marisa Serrano (PSDB), que ontem pela manhã voltou a se encontrar com o peemedebista na governadoria. Segundo os tucanos, Puccinelli reiterou que, quando o governador de São Paulo, José Serra, oficializar sua précandidatura a presidente, vai anunciar sua aliança com o partido. A sinalização de apoio ao PSDB, que ao lado do DEM e do PPS forma o Bloco Democrático Reformista (BDR), vai na contramão das últimas declarações do governador. Na semana passada, ele disse que ainda espera firmar aliança com a ministra Dilma Rousseff (PT). “Acho que é uma estratégia para não ferir a relação com o governo do presidente Lula. É puro interesse administrativo, financeiro, de repasses”, opinou o presidente regional do PPS, Athayde Nery. “Não tenho dúvida de que o projeto do André é apoiar o Serra”, completou. Cautela Mais cauteloso, Azambuja descartou qualquer discussão sobre sucessão presidencial no encontro com Puccinelli. Conforme o tucano, a pauta da reunião resumiu-se à discussão sobre a candidatura da secretária estadual de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (PSDB), à deputada federal. Mesmo assim, ele está confiante na parceria entre PMDB e PSDB no Estado. “Acho que a noiva quer casar com dois noivos”, opinou. A declaração refere-se à fala de Puccinelli, que se diz o “noivo” à espera da “noiva”, mas não aceita dividi-la com outro, no caso o ex-governador José Orcírio dos Santos (PT), seu provável adversário na disputa pelo Governo do Estado.