Maria Matheus
A eleição deste ano deve ter apenas três candidatos ao Governo do Estado: André Puccinelli (PMDB), José Orcírio dos Santos (PT) e Ney Braga (PSOL). Devido à falta de estrutura para enfrentar os “gigantes”, o PSTU abriu mão de concorrer ao Governo, o PMN foi arrebanhado pelo PMDB e o PV fechou com o PT. Apesar de ter sido anunciado como integrante do arco de alianças de Puccinelli, o PSDC ainda não selou a união.
Depois de concorrer a três eleições consecutivas, Suel Ferranti (PSTU) disse que o partido decidiu não lançar candidatura própria ao Governo do Estado, porque a sigla não tem dinheiro para a campanha. Suel concorreu em 2004, como candidato ao governo. Em 2006, disputou o Senado e, em 2008, a prefeitura.
“Não temos condições de sair sozinho para disputar com a grana que o (André) Puccinelli tem, que o PT tem”, explicou. “Fazer uma candidatura municipal sem dinheiro é uma coisa — pode fazer campanha a pé, vai de ônibus, de bicicleta. Mas disputar uma candidatura estadualizada é outra”, comentou Suel, presidente regional do partido. “A não ser que até o final do mês, o PSOL mude de ideia e chame a gente e o PCB para fazer uma frente classista”, disse.
Como não conseguiu fechar aliança com o PSOL, o PSTU também não lançará candidatos a deputado estadual ou federal. Os dois partidos se desentenderam porque ambos têm candidato ao Palácio do Planalto. O PSTU lançou José Maria de Almeida para Presidência da República. O PSOL tem Plínio Arruda Sampaio como candidato a presidente.
O Partido Verde cogitou lançar Eduardo Romero para a sucessão de Puccinelli, mas domingo sacramentou aliança com o PT, indicando Tatiana Ujacow como candidata a vice na chapa de José Orcírio.
Outro partido que desistiu de disputar o Governo é o PMN, que fechou com o PMDB. A legenda lançaria Iara Costa. Ela já havia disputado a Prefeitura de Campo Grande em 2008.
Na convenção do PMDB, no último sábado, o PSDC foi citado entre os partidos que apoiam a reeleição de Puccinelli. Ontem, porém, o presidente regional da legenda, Elizeu Amarilha, assegurou que o acordo não foi fechado. “A estrutura que nos ofereceram foi ínfima. Não dá para fazer campanha nem de bicicleta”, disse. Segundo Amarilha, o partido deve decidir hoje se lançará candidatura própria ou se selará aliança com PMDB ou PT. O candidato ao Governo seria Coronel Azamur e não mais Elizeu Amarilha, que anteriormente havia divulgado a intenção de entrar na disputa. Ele já havia concorrido em 2006, quando Puccinelli foi eleito governador.
Assim, dentre os nanicos, a menos que o PSDC decida hoje pela candidatura própria, apenas o PSOL terá representante na sucessão estadual. Ney Braga foi filiado ao PT, é comerciante e disputará eleição pela primeira vez.