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Festival de teatro amplia raio de atuação

Festival de teatro amplia raio de atuação

Redação

02/08/2010 - 06h51
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OSCAR ROCHA

O Festival Nacional de Teatro de Campo Grande (Festcamp) chega à quarta edição, a partir da próxima sexta-feira, com atrações até o dia 15 de agosto, apresentando novidades e buscando atingir públicos distintos. “Se for comparar o primeiro com esse quarto, podemos dizer que mudou praticamente tudo”,  exagera um dos coordenadores, o ator e diretor  Espedito Montebranco. “Ano a ano, ouvimos o público, os artistas, os debatedores, tentando fazer as modificações adequadas”.
Mesmo com as modificações, o evento mantém a proposta inicial de ser vitrine das produções locais e de outros estados, além de promover oficinas e debates. Por outro lado, seguindo o raciocínio de Espedito, a cada ano o festival testa atrações diferenciadas. Na segunda edição, por exemplo, estimulou a aproximação entre teatro e dança; agora, inclui na programação espaço para a música. “Montaremos um circo na Praça do Rádio Clube, que abrigará shows com artistas e bandas locais. Será uma forma de aproximação entre o pessoal de teatro e o da música”.

Convidados
Assim como nos outros anos, o festival convidou produções que obtiveram repercussão em seus locais de origem e abriu espaço para espetáculos inscritos por meio do edital. “A escolha dos convidados é para possibilitar à população e ao pessoal que faz teatro em Mato Grosso do Sul assistir a peças que possibilitam novas informações e sirvam à reflexão”, aponta Espedito.
Entre os convidados estão o Grupo Tapa (São Paulo),  Grupo Camelo ( Paraná), Cia Pé de Vento (Santa Catarina), Cia Nu Escuro (Goiás) e Arte & Fatos (Goiás). Espedito enfatiza que vários estilos de teatro estarão presentes, como o de rua, monólogo e o feito em palco italiano. “Queríamos trazer espetáculos infanto-juvenis, mas sentimos dificuldade nesse segmento. Foram poucas as opções”.
Outra atração do festival que será mantida é a do debate ao fim de cada apresentação. Os comentários são iniciados por convidados de outros estados. “Chamamos profissionais que, além de contribuir com a discussão, também observam o que está sendo feito e indicam o que viram para outros festivais e eventos. Tivemos a participação do Sidney Cruz, coordenador do Palco Giratório, do Sesc, assim como de outros”, destaca Espedito.
Entre os debatadores deste ano está a atriz e diretora gaúcha Deborah Finocchiaro, que em anos anteriores trouxe espetáculos ao festival. Os grupos selecionados são do Rio de Janeiro, São José do Rio Preto, Bauru, Rio Grande do Sul e Campinas. Na parte sul-mato-grossense, aparecem formações de Campo Grande, Dourados, Nova Alvorada e Nova Andradina.
Quanto aos espaços de apresentação haverá novidade. Pela primeira vez, além dos teatros Glauce Rocha, Aracy Balabanian e ruas do centro da cidade, as encenações chegarão aos bairros. Escolas da Moreninha 4, Aero Rancho e Tiradentes serão palcos de performances. Os coordenadores dizem que é uma forma de divulgar cada vez mais o evento.
No futuro, o festival tem como meta a ampliação da abrangência das atividades. “Somente ficaremos sossegados quando  também atingirmos cidades do interior”, planeja Espedito. O orçamento  deste ano é de R$ 125 mil, com patrocínio do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), Caixa Econômica Federal  e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
O projeto do festival ficou entre os suplentes do edital da Eletrobras para patrocínio de festivais. “Ficar na suplência, para nós, foi uma grande vitória. Concorremos com promoções que existem há décadas no País e a nossa  tem apenas quatro anos.  Essa posição é um reconhecimento do trabalho que fazemos”, destaca Espedito.

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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