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Férias, tempo de família

Férias, tempo de família

JOÃO LUIS ALMEIDA MACHADO,

06/02/2010 - 04h02
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Não foram poucas as vezes em que ouvi os pais se lamentando em função da chegada das férias. Nada poderia ser mais desanimador para as crianças do que saber que seu pai e sua mãe não ‘curtem’ a possibilidade de todos estarem juntos durante períodos mais longos de tempo. As férias existem também para isso, para estreitar os laços familiares, aproximar pais e filhos, criar espaços de diálogo e definir uma verdadeira amizade. O tempo passa muito rapidamente e não percebemos isso. De repente, nossas crianças se tornam adolescentes, estão às vésperas de exames vestibulares e, finalmente, decolam para seus voos particulares, em que viverão suas vidas totalmente independentes de nossa existência. Quando abrimos os olhos e percebemos a forma como o tempo se esvai, ficamos nos lamentando dos momentos que não vivemos, das emoções que não extravasamos, dos beijos e abraços que não demos. Ser pai e mãe envolve cobranças, castigos, ‘puxões de orelha’ e regras. Temos que cobrar disciplina de nossos filhos para que eles possam se adaptar aos rigores do mundo em que vivemos. Entretanto, temos que perceber a necessidade de uma presença mais participativa e carinhosa nessa relação entre pais e filhos. Brincar com os filhos em casa, ler histórias, assistir desenhos animados, desenhar, pintar e tantas outras atividades aumentam a cumplicidade e estimulam a amizade e a sinceridade entre pais e filhos. Férias em família podem ser um momento de intensa união, de programas conjuntos, de solidariedade e diversão. É um tempo sem igual, que bem aproveitado pode ser relembrado ao longo de toda a vida. E não é necessário fazer estragos no orçamento doméstico para conseguir isso. Pelo contrário, as melhores fórmulas são justamente as mais simples e baratas. Aquelas que envolvem principalmente a participação, a presença dos pais, são muito mais valiosas do que qualquer uma que envolva investimentos mais altos. Uma volta de bicicleta na praça, uma visita ao clube, brincar com carrinhos ou bonecas na sala de casa, ler histórias infantis e revistas em quadrinhos, montar quebra-cabeças ou mesmo se divertir visitando algum museu ou exposição podem ser ótimos programas aos olhos de nossos filhos. Fico indignado quando escuto as lamúrias dos pais quanto a esses meses de férias. As crianças em casa passaram a ser vistas como problema ou então como gastos adicionais. A geladeira precisa estar constantemente abastecida, é necessário agendar passeios caros, a insatisfação dos filhos parece sempre ser maior do que o contentamento, eles parecem estar o tempo todo nos nossos pés pedindo alguma coisa. Não encarem as férias dessa maneira. Revertam essas expectativas. Pensem nas boas alternativas que se apresentam a partir dessa fortuita reunião familiar. Façam uma pesquisa das alternativas existentes em sua cidade ou região. Há muitos programas gratuitos ou baratos. Tornem a estadia em sua própria casa uma lembrança das mais agradáveis. Se os filhos forem crianças, vocês podem relembrar brincadeiras de seu tempo de infância que provavelmente desconhecem, como esconde-esconde, cabra-cega, amarelinha. Outras possibilidades são passeios de bicicleta, jogar bola, criar brinquedos a partir de sucata. Não há carinho tão sincero na vida das crianças quanto aquele vivido em família.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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