VILLAVICENCIO
Os restos mortais do major da polícia Julián Guevara – morto em cativeiro em 2006 – foram entregues ontem pela manhã pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a militares do Exército do Brasil e a uma equipe de resgate da ajuda humanitária internacional.
Desde anteontem, os militares do Brasil e integrantes da ajuda humanitária e do governo colombiano estão na cidade de Villavicencio, no Sul da Colômbia, à espera da sinalização dos guerrilheiros. Ontem os guerrilheiros deram o sinal vermelho para prosseguimento da operação.
“A operação foi bem-sucedida e a única alteração foi a necessidade de abastecer o helicóptero brasileiro na cidade de San José. No mais tudo corre muito bem”, disse Felipe Donoso, da Cruz Vermelha Internacional.
O resgate dos restos mortais de Guevara conclui a operação iniciada no último domingo, quando foi libertado o soldado Josué Daniel Calvo Sánchez, que estava há 11 meses em poder das Farc. Na última terça-feira, foi a vez dos guerrilheiros entregarem o sargento Pablo Emilio Moncayo, que há 12 anos estava em cativeiro.
Os restos mortais de Guevara serão entregues à família do militar morto na presença de forças de segurança do país, segundo informações da Cruz Vermelha Internacional. É uma determinação das leis colombianas. Também deverá ser realizado um exame de DNA para determinar com segurança a sua identidade.
De acordo com a agência oficial de notícias da Argentina, Guevara morreu em cativeiro, depois de passar oito anos sob poder dos guerrilheiros. O militar foi capturado quando houve um embate entre as Farc e o Exército na cidade de Mitu, em 1º de novembro de 1998. Estimativas indicam que 22 militares sejam mantidos em cativeiro pelos guerrilheiros.