Para uma família na Califórnia, as férias de verão no Hemisfério Norte estão sendo em Marte. Ou pelo menos, acontecendo no horário marciano.
A cada início de missão a Marte, um pequeno exército de engenheiros e cientistas da Nasa trabalham em “horário maciano” pelos primeiros três meses. E então, desde o bem-sucedido pouso do Curiosity em Marte, a família do diretor de voo David Oh resolveu acompanhá-lo, abandonando sua rotina no horário do Planeta Terra.
É a primeira vez, segundo a Nasa, que uma família de um funcionário faz esta mudança com ele – a diferença entre as rotações de Marte e Terra faz com que cada dia terrestre ganhe cerca de 40 minutos por vez.
A esposa de Oh, Bryn, resolveu então mostrar aos três filhos do casal – Braden, de 13 anos, Ashlyn, de dez e Devyn de oito – uma espécie de “aventura marciana” diretamente de sua casa, na Califórnia. “Nós todos estamos um pouco sonolentos, como uma espécie de jet-lag que dura o dia todo, mas fora isso, estamos ótimos,” disse Bryn, duas semanas após o início da experiência.
Um dia é calculado pelo período em que um planeta faz uma volta completa em torno de si mesmo. No caso da Terra, esta rotação dura 24 horas. O dia marciano – chamado de sol pela Nasa – dura 24 horas, 39 minutos e 35 segundos. A diferença parece pouca, mas ela vai se acumulando dia após dia.
Quase 800 pessoas na Nasa estão seguindo este cronograma, além da família Oh, o que resulta em horários bastante bizarros para trabalho, refeições e descanso. Muitos dizem que a sensação é de um permanente jetlag, o mal-estar causado pela diferença de horários entre os pontos de chegada e partida de uma viagem.