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Ex-policial Bola é indiciado pelo quarto homicído

Ex-policial Bola é indiciado pelo quarto homicído

Redação

27/04/2011 - 05h30
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O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi indiciado por mais um homicídio. Além de ser levado a júri pelo assassinato pela modelo Eliza Samudio, 24 anos, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. Nos últimos dias, Bola já foi denunciado por outros dois assassinatos, na justiça de Contagem e Esmeraldas, na Grande BH. Nesta terça-feira o delegado Fernando Miranda, da Delegacia de Homicídios de Venda Nova, incluiu o inquérito em que o ex policial, aparece como autor de uma execução em 27 de julho de 2009, no Bairro Juliana.

De acordo com as apurações, Marcos Aparecido matou, na noite do dia 27 de julho, Devanir Claudiano Alves. O crime foi na rua 2, próximo a casa da vítima, que estava acompanhada de sua filha. O assassinato, segundo o inquérito, foi a mando do comerciante Antônio Osvaldo Bicalho, que também foi indiciado. O delegado Fernando, apurou que o comerciante, que a exemplo de bola, é criador de cães de raça, teria descoberto que Devanir, mantinha relações amorosas com a mulher dele. Bicalho, então, teria combinado a morte do rival com Bola, fazendo pagamento em armas e cães.

Ainda de conforme as acusações, por ocasião do homicídio, a filha da vítima e uma testemunha, cujo o nome não foi revelado, deram uma descrição do assassino semelhante as características físicas de Marcos Aparecido. Os dois contaram que Devanir Alves caminhava próximo a sua casa quando Marcos, que já via sido visto na cena do crime várias vezes, o chamou pelo nome. Devair ao olhar para trás e responder o chamado foi morto sem chance de defesa com três tiros na cabeça.

Além das provas testemunhais, os levantamentos técnicos da polícia apontam para o envolvimento do ex-policial e do comerciante. Entre as provas técnicas, foi constatado que logo após a execução, Bola ligou para Antônio Bicalho. Com a prisão de Marcos Aparecido durante as investigações sobre o suposto desaparecimento e morte de Eliza Samudio, a filha de Devanir e a testemunhas reconheceram as imagens dele na televisão como sendo o assassino. Posteriormente foi feito o reconhecimento oficial. Na conclusão do inquérito o delegado Fernando Miranda solicitou a prisão preventiva de Marcos Aparecido, que já se encontra preso pelo envolvimento em outros três assassinatos, e também do comerciante que responde às acusações em liberdade.

Neste mês, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que já tinha pronunciado Marcos Aparecido pelo envolvimento do crime de Eliza Samudio, acatou denúncia e pedido de prisão contra o ex-policial, pela morte de Roberto Novelo, em maio de 2000.

Ainda nos últimos dias, a juíza de Esmeraldas, Maria José Starling, acatou denúncia contra bola e mais três policiais civis, que ainda estão na ativa, do antigo Grupo de Resposta Especial (GRE), pela morte de dois ex-presidiários num sítio onde o grupo fazia treinamento. No caso do sumiço da Eliza e da execução dos dois ex-presidiários, Marcos Aparecido teria jogado os restos mortais das vítimas para cachorros comerem.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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