Tecnologia

SAÚDE

A+ A-

EUA: parecida com polio, doença misteriosa paralisa crianças

EUA: parecida com polio, doença misteriosa paralisa crianças

Continue lendo...

Uma misteriosa síndrome parecida com a poliomelite - também conhecida como paralisia infantil - afetou ao menos 25 crianças na Califórnia, nos Estados Unidos, deixando-as com membros paralisados e com pequenas chances de recuperação. As informações são do site USA Today.

"O que estamos vendo agora é ruim. No cenário dos melhores casos houve a perda completa dos movimentos de um membro e, nas piores situações, braços e pernas não se mexem mais, além de apresentarem insuficiência respiratória. É como a antiga polio", explica Keith Van Haren, pediatra e neurologista do Hospital Infantil Lucile Packard, na cidade de Palo Alto.

O primeiro caso da doença apareceu em 2012, na cidade de Berkeley. Aos dois anos, Sofia Jarvis começou a sentir chiado no peito e dificuldades de respirar, mas foi diagnosticada com asma. No entanto, a menina apresentou outro sintoma: não conseguia levantar o braço esquerdo.

Ela foi tratada com "um quadro único de sintomas" e recebeu esteróides e imunoglobulina intravenosa como forma de tentar reduzir a infecção e aumentar as taxas das celúlas de defesa para proteger o corpo contra bactérias e vírus. Nada disso teve sucesso. Atualmente, aos quatro anos, Sofia tem o braço esquerdo totalmente paralisado, sente muita fraqueza na perna do mesmo lado, além das dificuldades respiratórias. No entanto, a menina leva uma vida normal e vai começar a frequentar a escola em breve. 

​Apesar de os médicos ainda não terem um diagnóstico do caso de Sofia, nem das outras crianças, afirmam que não é uma questão de pânico: "é algo realmente muito raro", explica o especialista. Segundo ele, os pais devem ficar muito atentos a possíveis fraquezas que os filhos sintam e levá-los imediatamente ao médico, além de avisar ao sistema de saúde pública da Califórnia. O governo ainda não registrou casos fora do estado.

A doença
Os especialistas temem que uma nova doença tenha surgido e tentam levantar dados das crianças, além de estudar a região da Baia de São Francisco, local onde a maioria dos casos surgiu.

Os médicos afirmam que estas crianças não têm poliomelite, mas que os sintomas são muito parecidos com esta doença que aterrorizou o país a partir de 1890. A polio é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que invade o sistema nervoso e, um em cada 200 casos, causa paralisia irreversível, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Uma das características parecidas desta doença ainda não identificada é que as crianças não podem mover os membros, o que faz com que os músculos atrofiem e braços e pernas encolham. "A causa ainda é desconhecida, mas alguns exames de laboratório mostram inflamação na espinha, o que sugere um processo viral", explica Glaser. Os especialistas suspeitam que o responsável por essa inflamação seja um enterovírus, que também inclui o polio, mas ainda outros tipos comuns em bebês e crianças.

Os médicos desconfiam que a doença possa existir há algum tempo, mas que pode estar sendo diagnosticada como poliomelite em vários lugares do mundo, por isso os médicos devem ficar atentos aos sintomas. Além disso, eles alertam que médicos jovens não costumam lidar com paralisia infantil, por isso o diagnóstico fica ainda mais difícil e a doença pode estar sendo mascarada.  

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

Continue Lendo...

O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

Continue Lendo...

Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).