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Estiagem e La Niña ameaçam safra 2011

Estiagem e La Niña ameaçam safra 2011

Redação

14/09/2010 - 09h07
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Carlos Henrique Braga

Produtores rurais temem perdas na safra de verão de 2010/2011 se a estiagem provocada pelo fenômeno climático La Niña continuar nos próximos meses. Não chove há mais de 100 dias no norte do Estado e há dois meses em Campo Grande, segundo o Centro de Meteorologia da Universidade Anhanguera-Uniderp. As chuvas devem ocorrer a partir desta semana, conforme as previsões mais otimistas.
Para o agrometeorologista Cláudio Lazzarotto, da Embrapa de Dourados, a preocupação dos agricultores é exagerada. “Tudo indica que vamos ter o La Niña no ano que vem, mas ele (o fenômeno) nem deve ser forte e não é tão prejudicial assim”, tranquiliza. O fenômeno atrasa o período de chuvas, mas ainda assim as plantas podem ter bom crescimento.
A estiagem não provocou estragos nas lavouras neste ano porque se agravou em junho, quando a planta estava em estágio avançado. Boas condições climáticas levaram o Estado a colher 27% a mais de soja (5,3 milhões de toneladas) neste ano. Mesmo assim, a região de Dourados, maior produtora de grãos, teve perdas de produtividade no final dos ciclos do trigo e do milho.
Plantio
Desde agosto, sojicultores preparam-se para o início do plantio em outubro. A demora do fim da estiagem está deixando o setor produtivo temeroso de se repertir a quebra na safra 2008/09, que terminou com prejuízos de R$ 461 milhões, conforme a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). “Existe previsão de veranico (período de seca no verão) em janeiro, justamente quando a planta mais precisa de chuva”, afirma o assessor de agricultura da entidade, Lucas Galvan.
A soja, que vai dominar 1,7 milhão de hectares da área total destinada a grãos (60% dos 2,8 milhões de hectares), estará em fase de enchimento de grãos, quando precisa de água abundante para se desenvolver. A cana-de-açúcar, que também estará plantada no início de 2011, poderá perder massa com a falta de chuva e render menos ao produtor.
Nos últimos meses, a seca deixou pecuaristas preocupados e consumidores insatisfeitos com a carne até 20% mais cara na Capital. Em pastos secos, animais ganham menos peso e demoram a ser abatidos. A escassez de boi elevou o valor da arroba em 30% (R$ 86) na entressafra e culminou em demissões em frigoríficos, que operam abaixo da capacidade. “O clima é um dos fatores que pioram a situação dos frigoríficos porque torna mais grave a falta de matéria-prima”, analisa o presidente da Associação dos Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne de MS (Assocarnes), João Alberto Dias.
A agravante em relação à agricultura, que pode começar os plantios assim que a água cair, é que o pasto precisa de tempo para germinar antes de receber os animais. Por isso, a ansiedade pela chuva é ainda maior.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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